Em “A Última Carta”, a trama acompanha Beckett, um militar americano endurecido pelos horrores da guerra. Exceto pela amizade sincera com Ryan, seu companheiro de unidade, e pelo vínculo com a cachorra Bagunça, ele perdeu a fé no amor e na humanidade. Tudo muda quando Ryan o incentiva a se corresponder com sua irmã, Ella, que mora no Colorado.
Mesmo sem conhecê-la pessoalmente, Beckett encontra refúgio nas cartas que trocam e se encanta por ela. Quando Ryan morre em combate, Beckett promete cumprir o último pedido do amigo: proteger Ella. Dividido entre a lealdade ao passado e o desejo de futuro, ele se aproxima dela sem revelar sua verdadeira identidade. Mas, quanto mais se envolve em sua vida, mais seu segredo ameaça destruir tudo.
O novo romance de Rebecca Yarros é, sem sombra de dúvida, uma experiência devastadora. Yarros não poupa o leitor, empilhando perdas, dores e provações durante toda a narrativa. Cada carta, cada silêncio e cada revelação têm um peso emocional intenso. Ella enfrenta seus próprios fantasmas enquanto tenta construir uma vida para si e para os filhos, enquanto Beckett luta contra a culpa avassaladora e os traumas de seus relacionamentos interpessoais.
Ao longo da história, os protagonistas encontram um no outro o conforto e o apoio necessários para seguir em frente, apesar das adversidades. A cada capítulo, o leitor se sente mais envolvido e conectado aos personagens. “A Última Carta” é aquele tipo de livro que você não consegue largar até chegar à última página.
Yarros, como sempre, entrega um romance avassalador, repleto de reviravoltas do início ao fim, capaz de emocionar profundamente e deixar marcas duradouras no leitor. Em “A Última Carta”, ela conduz a narrativa com intensidade, explorando a dor da perda, o peso da culpa e a esperança de recomeçar.
Cada carta escrita, cada silêncio mantido e cada revelação inesperada constroem um enredo que prende o leitor até a última página. Ao mesmo tempo, a autora equilibra o drama devastador com a ternura dos vínculos humanos, seja na relação entre irmãos, no amor que nasce entre Ella e Beckett ou no afeto incondicional da cachorra, reforçando sua habilidade única de transformar histórias de sofrimento em jornadas de amor e resiliência.
Foto de capa: Divulgação/Amazon
Resenha de Luisa Lucas, com edição de texto de Cássia Verly
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