O cinema sempre foi um espaço de histórias, reflexões e representações. Por muito tempo, artistas LGBTQIAP+ ficaram às margens das telas ou tiveram suas vivências silenciadas. Felizmente, algumas figuras ajudaram a mudar esse cenário, trazendo a diversidade, coragem e novas narrativas para o audiovisual. Nesta lista, a Agência UVA selecionou 10 nomes que marcaram, e continuam marcando, a história do cinema com talento, autenticidade e personalidade.
Gregg Araki, diretor
Cineasta fundamental do New Queer Cinema, Araki se destacou com filmes provocativos e carregados de cultura alternativa. Ele fala sobre juventude, sexualidade e traumas de forma direta e impactante. “Mysterious Skin”, seu trabalho mais aclamado, é uma obra sensível e dura sobre abuso na infância e suas marcas.

Céline Sciamma, diretora
A diretora francesa é especialista em contar histórias delicadas e humanas sobre amor, identidade e afeto. Ganhou reconhecimento internacional com “Retrato de uma Jovem em Chamas”, além de dirigir “Tomboy” e “Garotas”. Suas obras colocam personagens LGBTQIAP+ no centro das narrativas.

Pedro Almodóvar, diretor
Um dos cineastas mais importantes da Espanha, Almodóvar construiu uma carreira marcada por personagens excêntricos, histórias intensas e cores vibrantes. Seu cinema transita entre o drama e a comédia, explorando temas como desejo, maternidade, identidade e sexualidade. Trabalhos como “Tudo Sobre Minha Mãe”, “Má Educação”, “Volver” e “A Pele que Habito” consolidaram seu nome como referência mundial, especialmente na representação de personagens femininas complexas e narrativas emocionalmente carregadas.

Luca Guadagnino, diretor
O diretor italiano ficou famoso com “Me Chame Pelo Seu Nome” e, em 2024, lançou os filmes “Rivais” e “Queer”. Também, dirigiu “Até os Ossos” e o remake de “Suspiria”. Suas obras exploram desejo e relações humanas, sempre com uma pegada visual marcante e muito sensível.

Hunter Schafer, atriz
Atriz, modelo e roteirista, Hunter ficou conhecida pelo papel de Jules em “Euphoria”, série que virou um fenômeno ao falar sobre juventude, identidade e relações modernas. Mulher trans, ela também usa sua visibilidade para discutir representatividade.

Cynthia Erivo, atriz
Cynthia Erivo é uma artista que representa a diversidade da comunidade LGBTQIAP+. Ela ganhou destaque com “Harriet” e em 2024 brilhou como Elphaba no filme “Wicked”. Com talento e presença forte, Cynthia ajuda a trazer mais visibilidade para artistas queer no cinema.

Jesuíta Barbosa, ator
Ator versátil e um dos nomes mais respeitados do cinema brasileiro contemporâneo, Jesuíta protagonizou em 2025 o filme biográfico “Homem com H”, onde chamou atenção ao interpretar Ney Matogrosso com entrega e sensibilidade. Aberto sobre sua sexualidade, o ator tem se posicionado como uma importante voz na luta por visibilidade LGBTQIAP+ no audiovisual nacional, escolhendo papéis que desafiam padrões e ampliam a representatividade na cena cultural.

Tilda Swinton, atriz
Tilda Swinton é conhecida por sua presença única e papéis que fogem do convencional. Participou de filmes como “Constantine”, “Precisamos Falar Sobre o Kevin”, “Suspiria” e “Doutor Estranho”. Ela é um ícone quando o assunto é diversidade e liberdade de expressão.

David Bowie, ator
David Bowie foi um camaleão das artes, trazendo fluidez e liberdade para sua imagem e carreira. No cinema, ele participou de filmes como “Labirinto – A Magia do Tempo”, “Christiane F.”, “Twin Peaks: Fire Walk with Me”, “Zoolander” e “O Grande Truque”. Seu estilo único e ousado deixou um legado importante para a cultura queer.

Pier Paolo Pasolini, diretor
Diretor, poeta e intelectual italiano, Pasolini marcou o cinema mundial com obras provocativas que abordam política, religião, sexualidade e os conflitos de classe. Seu trabalho é conhecido pela crítica social contundente e estética ousada. Filmes como “Teorema”, “O Decameron” e o polêmico “Salò ou os 120 Dias de Sodoma” evidenciam seu olhar radical sobre os tabus e hipocrisias da sociedade ocidental.

Foto de capa: Divulgação/Claude Vanheye
Reportagem de Bárbara Borges
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Uma matéria muito bem feita, gostei muito
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