A Semana da Comunicação (Secom) da Universidade Veiga de Almeida (UVA) trouxe na manhã da última quarta-feira (11) uma oficina com o ex-aluno e atual publicitário, Rafael Malhado, sobre a gestão dos conteúdos de política nas redes digitais. Este foi mais um painel do evento que está celebrando os 30 anos do curso de comunicação social na instituição.

(Foto: Gustavo Pinheiro/Agência UVA)
Rafael iniciou a oficina contando um pouco sobre sua trajetória desde seus tempos de estudante até alguns lugares onde já trabalhou. Ele também contou um pouco sobre o seu doutorado sanduíche na University of British Columbia, no Canadá, até os dias atuais. O profissional ainda explicou um pouco sobre sua pesquisa.
“A minha ideia era falar muito na pesquisa sobre essa coisa de assistentes virtuais que temos hoje como a Alexa, Siri, Google, entre outros. Meu mestrado foi sobre memória, tecnologia e artes”, conta o publicitário.
Um tema muito abordado durante a oficina foi o uso da Inteligência Artificial (IA) em tempos atuais e seu uso indevido em muitos momentos. Também foi debatido sobre como a busca por conhecimento mudou. Nos dias atuais, as buscas tem ocorrido muito mais por meios da IA do que por livros ou até mesmo por buscadores de link como o Google, que atualmente as pessoas não querem pesquisar resposta e, sim, já ir ao resultado.
“Estamos fazendo uma outra transição dentro do que pensamos como cultura digital, em que essas respostas que aparecem para nós (nos meios de IA), são respostas que a Inteligência Artificial vai buscar nos dados, numa dinâmica diferente do Google e de outros pesquisadores de link”, explica Rafael.
O publicitário também falou sobre a política da cultura digital e sobre como ela traz algumas estruturas que de alguma forma radicalizam algumas questões e trazem um cenário mais crítico em outros casos.
Também destacou alguns pilares da cultura digital, como o regime de informação, que é a forma de dominação em que o processamento de dados por algoritmos e IA determinam decisivamente processos sociais, políticos, de consumo e de escolha.
“Dentro desses pilares, o que nós temos na cultura digital é uma multiplicidade de mídias que podemos acessar e obter informações. Podemos falar de plataformas digitais, de deveres, cinemas e dos desdobramentos disso como o streaming”, pontua o profissional.
A oficina foi encerrada com a lembrança de que a IA é uma ferramenta e deve ser utilizada como tal. Para ilustrar suas limitações, foi apresentada uma pesquisa realizada por Rafael no ChatGPT sobre a lenda da mula sem cabeça, cuja resposta indicava, incorretamente, que a lenda não pertence ao folclore brasileiro, demonstrando, assim, que a eficiência da IA também está sujeita a falhas.
Foto de capa: Gustavo Pinheiro / Agência UVA
Reportagem de Pedro Turteltaub, com edição de texto de Gustavo Pinheiro
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