O Brasil dominou as ondas de Peniche, em Portugal. No último domingo (23), na terceira etapa da World Surf League (WSL), uma final eletrizante entre dois brasileiros, Yago Dora e Ítalo Ferreira. Com a torcida verde e amarela em peso nas areias lusitanas, Dora garantiu a vitória com um somatório de 13.37 (6.70 + 6.67) contra 12.43 (7.43 + 5.00) do campeão olímpico. Com a vitória, Yago conquistou seu segundo título em etapas do tour mundial.
Com o triunfo em Portugal Yago conquista 10 mil pontos no ranking da liga mundial de surf, sobe 11 posições e assume o quarto lugar entrando no top-5 da temporada. Já Ítalo Ferreira, apesar da derrota, manteve a liderança do circuito e seguirá vestindo a lycra amarela na próxima etapa, que acontecerá em El Salvador a partir de 2 de abril.
Com as condições climáticas adversas ao longo da semana, a organização da WSL decidiu concentrar todas as fases decisivas do torneio no domingo. Assim, os confrontos das oitavas, quartas, semifinais e a grande final foram realizados em sequência, proporcionando um dia repleto de emoção. O bicampeão mundial Filipe Toledo também chegou às fases decisivas, mas acabou eliminado nas quartas de final pelo australiano Ethan Ewing, encerrando sua participação na competição.
Desde as oitavas de final, o Curitibano Yago Dora mostrou consistência e técnica para avançar na etapa portuguesa. Ele superou o havaiano Imaikalani deVault com um somatório de 12.17 contra 6.33. Nas quartas, enfrentou o australiano Jack Robinson, mas o brasileiro levou a melhor com um expressivo 15.50 a 8.50. Na semifinal, Dora teve uma atuação de destaque contra o australiano Ethan Ewing, que havia eliminado Filipe Toledo. Com manobras versáteis e um aéreo de grande altura, Yago garantiu a vitória com um somatório de 12.83 contra apenas 3.50 do adversário.

(Foto: Reprodução/WSL)
A grande final entre Yago Dora e Italo Ferreira reeditou o confronto da etapa de Saquarema de 2024. A bateria foi marcada por um duelo intenso de aéreos, que empolgou a torcida presente em Peniche.
Dora abriu vantagem com um full rotation, recebendo nota 6.67. Em resposta, Italo combinou um tubo com um aéreo e tirou a melhor nota da final, um 7.43. Mas Yago seguiu atacando e executou outro full rotation, desta vez finalizando de forma limpa, aumentando seu somatório para 13.37.
Nos instantes finais, Ferreira ainda tentou a virada, precisando de 5.94 para alcançar Dora. Ele arriscou um aéreo no estouro do relógio, mas a manobra não foi suficiente para superar o adversário, recebendo nota 5.00 e fechando com 12.43 no total.

(Foto: Reprodução/WSL)
O calendário do circuito mundial já está em andamento. A primeira etapa ocorreu em Pipeline no Havaí, o havaiano Barron Mamiya venceu o italiano Leonardo Fioravanti. Depois foi a vez da novidade da temporada, a piscina com ondas artificiais em Abu Dhabi, onde ítalo Ferreira derrotou o indonésio Rio Waida e assumiu o ranking da WSL.
O campeonato contará com 11 etapas na temporada regular, duas a mais que na edição anterior. O WSL Finals será disputado pela primeira vez no pico de Cloudbreak, em Fiji, substituindo Trestles, nos EUA. O ranking da temporada é formado por 34 surfistas do masculino e 17 do feminino, após a etapa de Margaret River, ocorrerá um corte e apenas 22 homens e 10 mulheres vão continuar na briga pelo título mundial. Na última etapa o top 5 do ranking, tanto feminino como masculino, irão disputar o título de campeão mundial.
Calendário da WSL:
• Pipeline, Havaí – 27 de janeiro a 8 de fevereiro
• Surf Abu Dhabi, Abu Dhabi – 14 a 16 de Fevereiro
• Peniche, Portugal – 15 a 25 de Março
• Punta Roca, El Salvador – 2 a 12 de Abril
• Bells Beach, Austrália – 18 a 28 de Abril
• Snapper Rocks, Austrália – 3 a 13 de Maio
• Margaret River, Austrália – 17 a 27 de Maio
• Lower Trestles, EUA – 9 a 17 de Junho
• Saquarema, Brasil – 21 a 29 de Junho
• Jeffreys Bay, África do Sul – 11 a 20 de Julho
• Teahupo’o, Taiti – 7 a 16 de Agosto
• WSL Finals: Cloudbreak, Fiji – 27 de Agosto a 4 de Setembro
A próxima etapa do tour acontece em El Salvador a partir do dia 2 de abril, onde os surfistas brasileiros buscarão manter o domínio nas ondas internacionais e seguir brigando pelo topo do ranking mundial.
Foto de capa: Divulgação/WSL
Reportagem de Pedro Freitas, com edição de texto de Gustavo Pinheiro
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