A cerimônia da Bola de Ouro 2023 ocorreu nesta segunda-feira (30) em Paris, na França. Organizado pela revista France Football, o evento é uma das principais premiações do futebol ao lado do Fifa The Best. Após uma lista com 30 finalistas e votação de diversos jornalistas, o prêmio de melhor jogador do futebol mundial da última temporada foi para Lionel Messi. Em meio a outros prêmios de destaque individual, Aitana Bonmatí foi escolhida como a melhor jogadora do futebol feminino.
Esta é a oitava vez na carreira que o craque argentino vence o prêmio. Impulsionado especialmente por sua liderança e performance na conquista da Copa do Mundo Fifa de 2022 no Catar, o atleta, que atualmente defende o Inter Miami, confirmou o seu favoritismo na disputa. Além de campeão, foi vice-artilheiro e melhor jogador da competição internacional mais relevante que existe no esporte.
O atacante de 36 anos também foi responsável por 38 gols e 28 assistências em 60 jogos durante o período de análise que aconteceu entre 1 de agosto de 2022 e 31 de julho de 2023. Neste intervalo, ainda foi campeão da Ligue 1 e da Supercopa da França, atuando pelo Paris Saint-Germain.
Com essa conquista, o capitão da seleção argentina superou o recorde de Pelé. O brasileiro passou a portar sete conquistas desse prêmio depois de revisão da própria revista em sua lista de vencedores em 2015. A premiação era destinada apenas para jogadores europeus até o ano de 1995. Se não fosse por isso, Pelé teria sido eleito nas seguintes oportunidades: 1958, 1959, 1960, 1961, 1963, 1964 e 1970.
No futebol feminino, a espanhola Aitana Bonmatí também confirmou o seu favoritismo e foi premiada a melhor jogadora do mundo. A meio-campista do Barcelona anotou 21 gols e deu 24 assistências em 48 partidas ao longo do intervalo analisado. Ela ainda se sagrou campeã da Copa do Mundo, da Liga dos Campeões, do Campeonato Espanhol e da Supercopa da Espanha. A brasileira Debinha, por sua vez, ficou na 28ª posição.
Competindo pela mesma categoria vencida por Messi, Erling Haaland ficou em segundo lugar. O norueguês foi destaque na trajetória da tríplice coroa alcançada pelo Manchester City. Campeão da Liga dos Campeões da UEFA, da Premier League e da Copa da Inglaterra, o centroavante da equipe comandada por Pep Guardiola realizou 63 gols e 11 assistências em 69 partidas, além de ter sido considerado o melhor jogador do Campeonato Inglês. Em razão dessas marcas, foi eleito o artilheiro da temporada.
No embalo do título mundial da seleção argentina masculina, Emiliano Martínez ganhou o Troféu Yashin de melhor goleiro do ano. O jogador de 31 anos teve contribuições decisivas na campanha vitoriosa, sobretudo na final contra a França. Além disso, o Troféu Kopa, dado ao melhor jogador sub-21 do mundo, foi vencido pelo jovem inglês Jude Bellingham.
Os prêmios de clube do ano foram destinados a times europeus. No feminino, acabou sendo escolhido o Barcelona, da Espanha. Enquanto no masculino, o Manchester City, da Inglaterra, que se consagrou o melhor.
Também houveram homenagens aos ex-jogadores que faleceram recentemente. O brasileiro Pelé, o espanhol Luis Suárez Miramontes e o inglês Bobby Charlton tiveram seus momentos mais icônicos dedicados ao esporte exibidos em vídeos e imagens por alguns minutos na tela.
Prêmio concedido a Vinicius Júnior
Ainda no evento realizado em Paris, o brasileiro Vinicius Junior ganhou o Prêmio Sócrates. A categoria criada no ano passado destaca futebolistas que se engajam com ações solidárias e projetos sociais. Na época, o senegalês Sadio Mané foi vitorioso por ter inaugurado uma escola na província onde nasceu, além de ter doado 40 mil libras ao governo de seu país com a finalidade de combater o coronavírus.
Neste ano, o atacante do Real Madrid escolhido como o sexto melhor jogador do mundo, recebeu o troféu por conta das práticas filantrópicas do Instituto Vinicius Junior na sua cidade natal, São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro. A organização tem como função auxiliar na promoção da inclusão digital, educação e esporte.
O atleta da seleção brasileira chegou a ser elogiado por Didier Drogba, ex-jogador e apresentador da cerimônia, em virtude de sua luta contra o racismo no esporte.
Esta foi a 67ª cerimônia da Bola de Ouro. Desde 1956, sempre ocorre uma edição por ano, exceto por 2020 no qual não houve a realização devido às consequências impostas pela pandemia de covid-19.
Foto de capa: Reprodução/X/Ballon d’Or
Reportagem de Gustavo Pinheiro, com edição de texto de Jorge Barbosa
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