Na última quarta-feira (20), o Rio de Janeiro recebeu um avanço significativo na melhoria da mobilidade urbana da Baixada Fluminense ao concluir a construção do Terminal Deodoro, o primeiro de quatro terminais previstos no projeto Transbrasil. A cerimônia de inauguração contou com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes, da secretária de transportes, Maína Celidonio, da secretária de infraestrutura, Jessick Trairi e da diretora-presidente da Mobi-Rio, Claudia Secin.
“A finalidade do Terminal Deodoro é ligar a Baixada Fluminense seja pelas novas linhas convencionais de ônibus, que chegam até a base inferior do Terminal, ou até mesmo pela estação de trem de Deodoro, que é a principal estação que fazem as conexões para Zona Oeste, Zona Norte e Baixada Fluminense”, explica Henrique Cursino, funcionário da Subprefeitura da Zona Norte.
Situado na Zona Oeste da cidade, o Terminal é uma infraestrutura estratégica projetada para aprimorar a mobilidade dos cidadãos, integrando o BRT Transolímpica, os ônibus urbanos convencionais e os trens da Supervia, com a perspectiva de uma futura conexão com a Transbrasil.
Nessa primeira fase de operação, o local irá desempenhar um papel fundamental como ponto de conexão entre os corredores Transolímpica e Transbrasil. O terminal fará parte da integração dos dois serviços de BRT do corredor Transolímpica, 12 rotas de ônibus urbanos convencionais e os trens da Supervia (ramais Japeri, Santa Cruz e Deodoro), o que resultará na redução de até 30 minutos no tempo de viagem para os usuários de transporte público de várias partes da cidade. Isso fará com que seja menos dolorida a vida do trabalhador que mora na Baixada Fluminense.
A estudante Larissa Santos, de 23 anos, comemora a finalização das obras do Terminal:
“Estou entrando para a vida de trabalhadora agora e já me sentia exausta. Estava demorando quase 3 horas de Nilópolis até meu trabalho, afastado do centro da Barra da Tijuca. Mas com o Terminal Deodoro, já consigo sair pelo menos 30 minutos depois do que saía”, conta a Nilopolitana.
Como parte das melhorias implementadas, a Secretaria de Transportes criou sete novas rotas de ônibus para atender ao Terminal. Inicialmente, esses ônibus operarão durante os horários de pico, mas estarão em pleno funcionamento com o início das operações do corredor Transbrasil. Com isso, o sistema de transporte municipal contará com 84 rotas adicionais desde o acordo judicial firmado em junho do ano passado para aprimorar o serviço de ônibus na cidade.
O Terminal Deodoro conta com uma área de aproximadamente 10 mil metros quadrados e é composto por dois níveis. O nível superior será destinado às frotas do BRT, com duas plataformas e oito vagas de embarque e desembarque em cada plataforma, totalizando 2,5 mil metros quadrados. O nível inferior acomodará as rotas alimentadoras, com uma plataforma de 3,2 mil metros quadrados e 24 vagas para ônibus alimentadores. Os passageiros poderão acessar a plataforma superior por meio de escadas ou elevadores e haverá uma área dedicada ao atendimento de pessoas com deficiência (PCDs). O Terminal também inclui vias alimentadoras ao seu redor, abrangendo cerca de 4,3 mil metros quadrados.
Apesar das novidades positivas, Henrique faz um alerta importante para a população:
“É importante que todos os usuários/cidadãos que utilizam o sistema cuidem do patrimônio público, pois ele é nosso. Tenham a consciência e conscientizem o próximo a cuidar e preservar o local. E, se caso presenciarem algum ato de vandalismo ou depredação, que denunciem”, pede o funcionário da Subprefeitura da Zona Norte.
Já em uso na cidade para facilitar a mobilidade da população, Henrique Cursino conta que, com o novo programa de bilhetagem do Rio, o “Jaé”, é possível que dentro do espaço de três horas você consiga fazer integração com o ônibus convencional, BRT e o VLT.
Para adquirir o “Jaé” e fazer a recarga do cartão, já é possível encontrar máquinas distribuídas pelo Terminal Deodoro que contam com o sistema totalmente intuitivo para servir o cidadão carioca.
Foto de capa: Divulgação
Reportagem de Nicollas Pina, com edição de texto de Jorge Barbosa
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