O ciclone extratropical que passou pelo estado do Rio Grande do Sul (RS), durante a primeira semana do mês de setembro, aconteceu devido ao aquecimento do mar, somado a baixa pressão atmosférica, resultando em uma criação de nuvens carregadas e rajadas de ventos fortes. Com isso, a cheia do Rio Taquari, ocorrida nos dias 4 e 5 de setembro, provocou a inundação de 100 municípios, deixou mais de 47 mortes e dezenas de desaparecidos. Essa foi considerada a segunda maior enchente do Rio Taquari, a primeira ocorreu no ano de 1941. O Estado está em situação de alerta e conta com o apoio do governo federal.
Após o ocorrido, o governo do estado do Rio Grande do Sul, com o auxílio do governo federal, iniciou medidas em atendimento às famílias desabrigadas e desalojadas. Uma das ações tomadas pelo mais alto nível do executivo brasileiro, foi o auxílio de R$800 por pessoa desabrigada, além de oferecer 20 mil cestas básicas, financiadas pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. Apesar disso, o governo federal, mais especificamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vem sendo alvo de críticas.

O presidente Lula (PT), está sendo criticado por membros da oposição, principalmente através das redes sociais, por não desmarcar seus compromissos internacionais, para atuar diretamente na recuperação das cidades ao sul do país. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e senador, Flavio Bolsonaro (PL-RJ), e a deputada Rosângela Moro (UNIÃO BRASIL), estão entre os que criticam o presidente.
“Estou acompanhando com tristeza as notícias sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. Toda a minha solidariedade ao povo gaúcho. Como já falei algumas vezes, o petista [Lula] odeia o Brasil. Enquanto existem brasileiros morrendo e pedindo socorro no Rio Grande do Sul, o atual chefe do executivo vai para a Índia passear…” escreveu o senador em uma rede social.
A maior parte dos argumentos que criticam o posicionamento de Lula (PT), destacam que o governante prefere “passear” do que ajudar as pessoas afetadas pela enchente. Entretanto, o próprio presidente, assim que soube do ocorrido, entrou em contato com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para prestar socorro de imediato às vítimas da enchente. Lula (PT), deixou o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), responsável pelo plano de recuperação, enquanto a agenda internacional está sendo cumprida. Com isso, Alckmin (PSB), em exercício da função, sobrevoo às áreas atingidas, se reuniu com os prefeitos e o governador do RS, para discutir as medidas e anunciar, diretamente, a quantia de R$741 milhões em recursos, disponibilizada pelo governo federal, para a iniciativa de recuperação da área devastada. Fora isso, o socorro às áreas afetadas, conta com o apoio de 8 ministros de estado e mais de 900 militares. Durante a visita, Alckmin (PSB), ainda defendeu a criação de um hospital de campanha para socorrer as vítimas.

Até o momento, não se sabe o tempo para a reconstrução dos municípios. Mas, o sentimento de solidariedade vindo de todo o território nacional é perceptível. Mantimentos, roupas, água e até mesmo sementes para atender aos pequenos agricultores foram doados para a população. Diversos movimentos sociais, ONGs e instituições religiosas, se envolveram no processo de ajuda humanitária, e só o Movimento Sem Terra (MST) doou mais de 10 mil marmitas às famílias necessitadas.
Foto de capa: Divulgação/Agência Brasil
Reportagem de Sara Alexandre, com edição de texto de Gabriel Ribeiro
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