Julho Amarelo: Lula institui lei em prol da luta contra as hepatites virais

Na última terça-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei 14.613/23, que estabelece julho como o mês do combate às hepatites virais, cujo intuito é conscientizar a população a respeito dessas doenças e incentivar a busca pela prevenção. O projeto é de autoria do ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha (PT), que estava como deputado federal à época.

Também assinada pela atual ministra da saúde, Nísia Trindade, a nova legislação prevê uma série de atividades, como palestras, atividades educativas, veiculação de campanhas na mídia e até mesmo a iluminação de prédios públicos com a cor amarela.

De acordo com o novo texto, todas as ações previstas devem seguir os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, a ideia é fazer com que a Administração Pública, as instituições da sociedade civil e os órgãos internacionais presentes no país trabalhem de maneira conjunta em prol da luta contra as hepatites virais.

HEPATITES VIRAIS

As hepatites virais podem ser consideradas um dos mais graves problemas de saúde pública não só no Brasil, mas, também, a nível mundial. Elas são infecções que atingem o fígado e causam diversas alterações, as quais variam entre leves e graves. Muitas da vezes, são silenciosas e demoram a apresentar sintomas, o que dificulta o tratamento e reforça a importância do diagnóstico precoce.

Ao todo, existem cinco grupos de hepatites, embora nem todas estejam presentes no território nacional (Foto: Reprodução/Fiocruz)

Dentre os cinco tipos de hepatites existentes, os mais comuns no território nacional são os tipos A, B e C. Há, ainda, casos do tipo D, porém, esses diagnósticos estão concentrados na região norte do país. Confira um resumo das infecções mais recorrentes:

Hepatite A: provocada principalmente pelas más condições de saneamento básico e higiene pessoal. Sua melhor forma de prevenção é a vacina;
Hepatite B: costuma não apresentar sintomas e o diagnóstico pode ocorrer anos após a infecção. Sua transmissão acontece geralmente por via sexual e contato sanguíneo. A prevenção recai sobre a vacina e o uso do preservativo;
Hepatite C: sua principal forma de contágio é o contato com sangue. É uma das doenças responsáveis pelos índices de transplantes de fígado. Não possui vacina. O tratamento é feito com antivirais;

O Julho Amarelo reforça também o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, que ocorre no dia 28 deste mês. Vale ressaltar que uma das metas da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a tanto a hepatite B quanto a C sejam erradicadas até 2030.

Foto de capa: Reprodução/Freepik

Reportagem de Anne Rocha, com edição de texto de Daniel Deroza