Depois de passar um bom tempo aposentado, o mercenário mais temido do cinema atual voltou ao jogo. Em “John Wick – Um Novo Dia para Matar”, o matador de elite terá que cumprir com um antigo trato e sujar as mãos de sangue mais uma vez. Muitos se perguntaram se a continuação foi realmente bem feita ou se era só para faturar uma graninha extra para os produtores hoolywoodianos. E a resposta veio em forma da nota extremamente boa da crítica internacional.
É inegável a evolução técnica do novo capítulo da saga. A direção de Chad Stahelski soube dar o toque necessário que a história precisava. Velocidade nos momentos de ação e calma nos necessários. Como já era de se esperar, o filme é recheado de cenas de lutas. Boas cenas de lutas. Contudo, algumas pessoas podem estranhar esses takes porque o diretor preferiu dar um tom mais verossímil a esses momentos, deixando a troca de socos um pouco mais lenta do que os habituais combates do cinema americano.
Falando nas cenas de luta, Keanu Reeves, que interpretou o papel principal, se saiu muito bem. O ator mostrou grande desenvoltura nos combates, com destaque para o seu afiado jiu-jitsu. O artista também se preparou muito para os takes de troca de tiro, chegando até a atualizar as redes sociais constantemente com vídeos participando de treinamentos táticos das forças armadas.
Além de Keanu, Ian McShane, Lance Reddick, Common, Ruby Rose e Laurence Fishburne também se destacam na atuação, com destaque para o último, que tinha em suas falas, passagens relembrando “Matrix”, filme no qual contracenou com Keanu Reeves. O roteiro, cheio de referências ao primeiro filme, é bem feito, divertido, empolgante e não deixa pontas soltas.
No fim das contas, “John Wick – Um Novo Dia para Matar” é um ótimo filme de ação, principalmente em tempos onde a maioria dos longas são arrastados e previsíveis. No final, a obra ainda sugere que a saga do mercenário mais sanguinário do cinema vai continuar, que por um lado pode ser considerado um alívio para quem gosta do gênero, mas como também pode ligar um alerta de preocupação, atentando para que a história não vire só mais uma franquia que só visa o dinheiro. Fica então a torcida para que o nome do “Sr. Wick” seja honrado.
Iago Moreira- 7º Período

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