Cinema

A escolha que vale uma vida

138805-jpg-r_1920_1080-f_jpg-q_x-xxyxxEm tempos onde filmes sobre o espaço sideral estão voltando às salas de cinema – vide “Star Wars”, “Star Trek” e “A Chegada”, o longa “Passageiros”, de Morten Tyldum, até tem uma premissa boa, assim como algumas cenas, mas no geral deixa a desejar enquanto obra cinematográfica, devido às repetitivas escolhas clichês no roteiro. Todavia, por contar com dois dos atores mais famosos do momento e com bons efeitos especiais, tem tudo para fazer sucesso com os menos exigentes, ou melhor, com o grande público.

Contextualizando, Jim Preston (Chris Pratt) faz parte de uma tripulação de humanos que estão viajando em uma nave espacial para colonizar outro planeta. Como já ilustrado no trailer, problemas estruturais acontecem e ele, assim como Aurora Lane (Jennifer Lawrence), acorda e têm que descobrir as respostas para todos os problemas da astronave, enquanto luta contra conflitos éticos, que – mais a frente – se torna uma ilustração da Síndrome de Estocolmo.

Como já dito, essa premissa até é boa, mas o que se tem em cena é um casal, típico de comédia romântica americana, se divertindo em um grande parque de diversões, pelo menos na maior parte do filme. No primeiro ato o roteiro até empolga, mas as reviravoltas, se é que pode se chamar assim, são óbvias e não surpreendem o público.

Todavia, o filme também apresenta pontos positivos. A começar pela belíssima fotografia, que desde a primeira cena já tira um suspiro do pulmão do espectador, dada tamanha beleza. As atuações dos personagens principais também agradam, com destaque para o Senhor das Estrelas (Guardiões da Galáxia), ou melhor, Chris Pratt, que consegue ir do drama à comédia com extrema facilidade e competência.

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Enquadrado no gênero de ficção científica “séria”, “Passageiros” acaba um pouco ofuscado devido ao belíssimo filme “A Chegada”, e – em resumo – pode-se dizer que é – dada as devidas proporções – um “O Náufrago” espacial, sem o Tom Hanks, ou até mesmo um “Titanic” cósmico, que não deu muito certo. Tendo-se deixado claro as ressalvas, mesmo com mais pontos negativos do que positivos, um longa como esse tem que ser valorizado nos dias atuais, nos quais o cinema está cada vez mais industrial, pois pelo menos tentou apresentar uma “nova” história. Então, por isso, vale o ingresso para embarcar nesse maravilhoso universo estelar.


Iago Moreira- 6º Período

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