Dois pontos chamaram a atenção no quarto dia de Jogos Paralímpicos disputados no Complexo Olímpico de Tiro, em Deodoro. Além da incrível disputa na única final do dia, o público também ficou atento a uma cena curiosa. Ver Debora Campos, cadeirante e atleta brasileira desse esporte, sendo carregada pelos braços do seu marido escadas a baixo causou preocupação em muitos presentes.
Na verdade, Debora só estava sendo carregada pelo marido porque não estava satisfeita com a área destinada aos cadeirantes no estande de final e pediu para ser levada mais perto do campo de tiro. “A visualização para nós (cadeirantes) está difícil porque o espaço é muito longe”, comenta a esportista, que mesmo não estando completamente satisfeita, ficou muito feliz com a atenção que os voluntários estão dando para ela.
Voltando as atenções para o campo de tiro, tudo indicava que uma dupla oriental iria brigar pelo lugar mais alto do pódio, mas uma surpresa acabou estragando o desejo de muitos. A disputa entre os asiáticos começou muito antes da final. Logo nas fases classificatórias, Lee – da Coreia do Sul – e Huang – da China – já travavam uma batalha acirrada. Ponto após ponto, eles se revezavam na liderança nas quartas de finais. O sul coreano até foi melhor na primeira etapa, mas o chinês conseguiu a virada e foi para a semifinal com a maior pontuação.
Na etapa final, o sueco Joackim Norberg não tomou conhecimento dos adversários orientais e foi o que mais acertou tiros nas primeiras e garantiu uma vaga na disputa pelo ouro contra Huang. Ambos os adversários disputavam a primeira paralimpíada, em uma categoria que foi disputada também pela primeira vez. No fim das contas, o favoritismo do chinês se concretizou e o consagrou o primeiro campeão da classe de Tiro com Pistola a 25m SH1, enquanto o sul coreano conquistava o bronze.
Iago Moreira- 6º Período
Agência UVA 
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