Já era de se esperar que o belíssimo longa argentino do diretor Juan José Campanella “Lo Segredo de Sus Ojos” iria ganhar um Remake em Hoolywood. O que ninguém sabia, é que essa refilmagem aconteceria tão rápido. Amanhã (10), o filme “Olhos da Justiça” chega às telonas, trazendo uma belíssima adaptação feita pelo roteirista e diretor Billy Ray, da obra original campeã do Oscar na categoria de filmes estrangeiros.
Conhecido em Hollywood por filmes como “Jogos Vorazes” e “Capitão Phillips”, Billy se arrisca a voltar a direção. Durante a obra, ele consegue prender a atenção do público, apresentando passagens temporais constantes, que mantêm os espectadores em alerta – mas podem confundir os desavisados –, e grandes passagens referentes ao longa original, adaptadas a realidade americana.
Contextualizando, Chiwetel Ejiofor (12 anos de escravidão) se passa por um investigador do FBI Ray. Depois do atentado de 11 de setembro, o policial é transferido para divisão de prevenção de atentados de Los Angeles para combater os criminosos. Mas depois de poucos dias de trabalho, a filha de sua parceira Jess (interpretada por Julia Roberts) é morta por um terrorista. Treze anos depois, Ray continua em investigar o caso e volta a L.A. convencido de que tinha achado o bandido.
Nicole Kidman, Alfred Molina, Dean Norris (Breaking Bad) e Michael Kelly (House of Cards) completam o elenco de grandes estrelas. Com atuações impecáveis, todos agradam, mas os atores principais superam as expectativas. Marcada por papeis sem tanta expressividade nos últimos anos, Julia Robert surpreende em cena, com sua transformação física para o papel e com grandes planos de drama. Chiwetel, mais uma vez, consegue cativar o público com um belíssimo desempenho.
Os Plot Twists finais impressionam e fecham a história com chave de ouro. Mesmo com algumas falhas técnicas – como a falta de ambientação sonora e uma fotografia mal trabalhada – “Olhos da justiça” não é apenas uma cópia americana do filme argentino. Na verdade, é uma grande aula de como adaptar uma obra já conhecida, mantendo peculiaridades locais.
Iago Moreira- 4º Período
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