Todos já conhecem a história do famoso Frankenstein, mas o diretor Paul McGuigan e o roteirista Max Landis tentam revertê-la, o que talvez seja o menor dos problemas. A FOX Filmes leva aos cinemas uma releitura contemporânea do clássico gótico, de Mary Shelley, “Victor Frankenstein”, que estreia hoje 26. A história gira em torno de um encontro entre o cientista Victor Frankenstein (James McAvoy) e do brilhante assistente Igor (Daniel Radcliffe), um corcunda descoberto pelo doutor em um circo ao salvar a vida da bela trapezista Lorelei (Jessica Brown Findalay), por quem é secretamente apaixonado.
Ao notar que o jovem era bastante inteligente para ser um palhaço de circo, Victor resolve salvar a vida dele, levando-o para trabalhar e morar na própria casa. O doutor trata da corcunda de Igor – que era apenas um obsesso nunca curado- e melhorando sua aparência, comportamento e postura. O cientista espera contar com a ajuda do jovem para “restaura o equilíbrio”, criando uma nova vida, eis a premissa de Frankenstein.
Partindo da ideia inicial, do cientista genial e louco -na mesma medida-, os diretores adicionaram uma dezena de clichês antigos e outros novos, como uma pequena dose de romance e outra de psicologismo barato. A trama leva toda uma questão religiosa. Talvez seja este o motivo para a participação do detetive Scotland Yard (Andrew Scott), que tem a função de alongar o filme, chegando a inexplicáveis 109 minutos. No longa ficou visível a criação de uma Londres artificial, a exemplo da trilha sonora, que não condiz com a aura da obra.
No ponto mais esperado do filme, o aparecimento da famosa criatura, o diretor abusa dos efeitos especiais, com o intuito de impressionar o espectador. Mas esse esforço de nada adianta. Todos esses pontos tornam “Victor Frankenstein” um filme aquém do esperado, sem humor e de alto custo.
Brigida Brito- 6º Período
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