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Produção cultural na Web

O 1° Festival Internacional de Webséries do Brasil – Rio Web Fest – contou com uma programação intensa, por meio da exibição de 120 séries internacionais e 65 nacionais, realização de palestras e festa de premiação. Nos dias 6, 7 e 8 a Casa Porto e a Ação Cidadania, ambas no bairro da Saúde, receberam representantes dos festivais de países como França, Coréia do Sul, Argentina, Estados Unidos e Espanha.

Equipe Rio Web Fest
Equipe Rio Web Fest

No início desse ano, a Websérie de Leandro Corrêa, “Oposto do Sexo”, foi aceita no LA Web Fest e ganhou oito prêmios em Roma, Los Angeles, Miami e Bilbau. “A melhor sensação do mundo é ter o seu trabalho reconhecido! Foi tudo muito incrível e eu só tenho a agradecer. A partir dessas conquistas tive a ideia de inserir o Brasil no circuito internacional de Webfests”, afirma o fundador do evento.

O processo de criação dos curtas, a apresentação dos trabalhos dos oradores e a recente inserção dessa experiência audiovisual no Brasil foram os temas mais abordados durante as palestras. Joel Bassaget, jornalista francês, foi escolhido para ser o jurado especial. Ele é o criador da Copa do Mundo das Webséries, a qual terá seu penúltimo round no Rio Web Fest.

Além disso, Joel contou sobre seu blog, conhecido como Web Series Mag, cujo objetivo era escrever resenhas sobre os curtas do mundo todo. “Criei um blog porque acredito que o mundo está cada vez mais imerso no ambiente digital. Seria uma forma de se comunicar com as pessoas de modo eficiente”, relata o jornalista.

Durante a palestra acerca do circuito internacional, Leandro Corrêa, Martin Lapissonde, produtor e diretor do Buenos Aires Web Fest na Argentina, e Young Man Kang, diretor do Kweb Fest na Coréia do Sul, comentaram sobre as singularidades de cada país e o modo como são realizados os festivais pelo mundo. Esse debate foi transmitido ao vivo pelo site do evento e também compartilhado com Rose of Dolls, organizadora do Bilbao Web Fest na Espanha, por Skype.

Young Man Kang é diretor da Websérie Kimchi Warrior, que ganhou como melhor série de animação e cinematografia no festival de Los Angeles, analisando as diferenças entre produções brasileiras e coreanas, assim como a cultura dos países. “As propostas são as mesmas, porém 90% das nossas Webséries têm mais drama, enquanto o foco no Brasil é a comédia. Ao realizar essas produções mostramos a cultura coreana, de um estilo mais sério, com o objetivo de ressaltar o entretenimento pop e a nova tecnologia”, relata o coreano.

Já Martin Lapissonde explicou comentou estar satisfeito com as webséries exibidas no Rio Web Fest e que ao final do evento selecionaria uma delas para o festival da Argentina. “Ao visitar os festivais de outros países, podemos perceber as diferenças culturais de cada um e o modo de produção das webséries. Creio que todo o tipo de arte ajuda a sociedade, porque é o reflexo da história de um país”, diz Martin.

Na festa de premiação os competidores foram entrevistados e fotografados. Enquanto isso, Daniel Archangelo, diretor de produção do evento, apresentou os indicados de cada categoria e entregou os troféus aos vencedores. A Casa Porto recebeu a presença de vários artistas, atores, diretores, produtores, e amigos que vieram prestigiar o evento.

Cleiton Morais, ator da Globo que participou de novelas como Malhação, Insensato Coração, Avenida Brasil e Caras e Bocas, também marcou presença no evento. “Estou acompanhando a minha namorada, Jéssica Juttel, que está competindo com a série “Anjo do Mar”, que foi gravada em Florianópolis e já atingiu 800 mil visualizações. A Websérie é o primeiro passo para sobressair o seu trabalho e também traz oportunidades para novos talentos do audiovisual”, afirma o ator.

O prêmio de melhor direção de drama foi para a Websérie Mute, idealizada e escrita por Alexia Garcia e Alexsandro Palermo, cuja história é contada por meio de expressões corporais, ações e efeitos sonoros. O curta também foi indicado para a seleção oficial do Melbourne Webfest, na Austrália, e o Kweb Fest, na Coréia do Sul.

“Nossa série foi planejada para ser muda, porque buscamos superar a barreira do idioma e tornar acessível para outros países. Acho que esse diferencial nos ajudou a levar o prêmio”, diz Alexsandro. “Estou muito emocionada! Sinto como se estivesse assistindo ao crescimento de um filho. O projeto se expandiu de tal forma que fomos indicados para festivais internacionais. Isso me orgulha muito”, acrescenta Alexia.

“As Webséries precisam crescer! Somos a nova televisão e não podemos parar na primeira temporada, pois o sucesso não vem de uma hora para a outra. Qualquer trabalho demanda esforço e investimento”, finaliza Leandro Corrêa.

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Por: Luiza Esteves, Bruna Mandarino e Nathália Campos.

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1 comentário em “Produção cultural na Web

  1. Avatar de Reginaldo

    Post muito legal! Parabéns

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