Após uma briga com os estúdios da Marvel Entertainment, a 20th Century Fox está lançando o remake de “Quarteto Fantástico”, com o intuito de manter a marca viva e dentro do seu domínio. O filme estreia nesta quinta-feira (6 de agosto) e conta a história da origem dos quatro super-heróis. As atuações dos atores principais – Teller (Richard Reed ou “Senhor Fantástico”), Kate Mara (Sue Storm ou “Mulher-invísivel”), Michael B. Jordan (Johnny Storm ou “Homem-tocha”) , Jamie Bell (Ben Grimm ou “O Coisa”), e Toby Kebbel (Victor Von Doom ou “Doutor Destino”) – agradam, mas o roteiro deixa a desejar.
A história se baseia no clássico dos quadrinhos “Ultimate Quarteto Fantástico”, em oposição ao primeiro longa, que se inspirava na versão clássica do HQ, isto explica porque há aspectos distintos entre os dois. Neste mais recente, os atores são mais jovens e sua história de origem, diferente. Desta forma, trazendo uma visão alternativa, o filme não se torna tão repetitivo para os espectadores que viram a versão de 2005.
O que todos os cinco personagens principais têm em comum são as dificuldades básicas que motivam super-heróis e super-vilões há muito tempo. Um passado difícil ou triste seja pela relação abusiva dos parentes, dificuldade em serem compreendidos pela sociedade e/ou exclusão social. Desta forma, podemos observar a infância de Richard Reeds e como ele passou a conhecer Benjamin Grimm, a justificativa da diferença de raças dos atores pertencentes ao clã Storm e os problemas pessoais de Johnny Storm e Victor Doom.
Por um lado, a Fox está realmente procurando se destacar agora que se separou da Marvel. Um exemplo disto é o fato da segunda ter cortado uma cena em “Os Vingadores” por achá-la violenta demais, enquanto a primeira incluiu em seu filme, cenas de violência explícita, sem temer o aumento de idade na censura. Além disso, a obra cinematográfica procura ir mais a fundo no gênero da ficção científica do que no tom estritamente heroico, que costumava ser dado à seus personagens. No entanto, o roteiro apresenta algumas falhas pontuais que são facilmente detectáveis ao público, fato que, quando vem a ocorrer com títulos do outro estúdio, somente os mais atentos têm a habilidade de identificá-los.
Para aqueles que estão com as expectativas baixas -como a maioria esmagadora está- é provável que saia em dúvida se sua opinião é positiva ou negativa. E, após uma noite de reflexão, perceba que há decepções, como o final corrido, e alegrias, como uma história de origem mais interessante do que a explosão espacial do primeiro longa-metragem.
Algumas dicas: não perca seu tempo procurando Stan Lee, apesar de ele ser o produtor executivo, ele não faz nenhuma aparição especial. Também não fique aguardando uma cena pós-créditos, pois não há nenhuma. Estes elementos foram cortados mais provavelmente por serem easter eggs de marca registrada da Marvel.
Por: Luana Feliciano
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