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1º dia de Evento

O evento é uma grande oportunidade para descobrir o que cada uma das seis áreas da Comunicação Social faz, é assim que pode ser definida a série de palestras e bate-papos do Seminário Perspectivas Profissionais em Comunicação. O evento aconteceu do dia 15 até o dia 17 de setembro na UERJ, com convidados muito especiais como Silvana Ramiro, Thiago Dantas, Carla Lemos e Mário Feijó, entre tantos outros nomes de destaque.

As mídias sociais auxiliando Silvana Ramiro

Silvana Ramiro, repórter da TV Globo há 14 anos, realiza matérias para diferentes telejornais, além de reportagens especiais para o jornal nacional e para o fantástico. “Trabalhei em internet, assessoria de imprensa e rádio. Hoje tenho uma visão bem ampla no jornalismo porque trabalhei com o público, por meio de diferentes canais”, diz a jornalista. Ela discorreu acerca de como lidar com a apuração dos dados em tempos de mídias digitais. Segundo a profissional, a Internet tem possibilitado uma eficácia maior em relação a rapidez de divulgação das informações. Contudo, ela frisa que o jornalista sempre deve apurar os dados antes de passar a diante. “Antigamente era usado o rádio na freqüência da policia para que os jornalistas pudessem obter as informações. Hoje em dia, as redes sociais facilitaram esse canal. Muitas reportagens surgem a partir dos seguidores do Twitter, que me mandam sugestões de pauta. E também temos a “voz da comunidade”, portal das comunidades carentes do Rio”, afirma a repórter.

Além de acelerar o processo de apuração, as mídias digitais têm revelado notícias exclusivas registradas por amadores. A interatividade oferecida por meio do Whatsapp, Facebook e Twitter garante ao jornalista atualizações fornecidas por internautas, que podem presenciar um acontecimento de qualquer parte do país, mesmo sem o profissional ter presenciado. “Uma internauta mandou imagens para o Globo, por whatsapp, de um homem que havia escapado de uma “avalanche” de latas de refrigerante de um caminhão.  O homem conseguiu sobreviver porque se escorou no muro de uma casa, na qual havia câmeras de segurança, registrando todo o acidente. Então essa matéria só aconteceu por conta da facilidade da internauta e das mídias digitais”, comenta Silvana.

Silvana Ramiro
Silvana Ramiro

A necessidade da especialização com Anderson Baltar

Para apresentar a palestra de Rádio e TV, foram convidados Anderson Baltar, coordenador e co-criador da Web Rádio Arquibancada, e Alexandre Pimenta, autor-roteirista do programa “Tá no Ar – A TV na TV”. O primeiro é especialista em sambas e eventos carnavalescos e grande conhecedor do dinamismo das rádios, já o segundo é um experiente produtor e criativo roteirista. Ambos com muita sabedoria para passar.

Anderson começou sua palestra falando da importância do “Plano B” com uma analogia a Silvana Ramiro que havia acabado de terminar sua palestra. Também comentou sobre o quanto a segmentação do meio jornalístico torna fundamental a especialização daquele que quer ser um empregado valioso para o mercado de trabalho. “Teremos cada vez menos Silvanas e mais pessoas lutando para ser Silvanas. Nós estamos em um momento em que o mercado de comunicação está passando por muitas transformações. Então não adianta você sair da faculdade achando que o caminho é um só, e que é aquele que você sonhou desde os tempos em que narrava futebol de botão, porque não é. Às vezes um trabalho que você nem imaginava que existia te dê uma realização muito superior àquele outro”, disse o produtor.

Em entrevista exclusiva perguntamos a Anderson como manter rádios e podcasts atraentes em um mundo tão imerso no audiovisual. Este fala no imediatismo da postagem, para que assim que ouvinte acorde já tenha o arquivo pronto para ele escutar e na exclusividade da informação que é passada: “A gente está na civilização da imagem então procuramos colocar aquilo que é mais factual. Então, por exemplo, se nós temos uma notícia que vai impactar as pessoas e se a gente conseguir uma entrevista, nada melhor do que essa própria pessoa dar a notícia”, finaliza ele.

Anderson
Anderson Baltar

Alexandre Pimenta e sua liberdade de expressão no humor

O roteirista inicia sua palestra coma seguinte questão: “O que move cada um de vocês a produzir conteúdo audiovisual?” A princípio, a discussão ficou em torno do humor e a tênue linha entre politicamente correto e ofensivo: “Muita gente acha que não pode fazer humor, mas o que é o politicamente correto hoje em dia? Ele pode vir pro bem e pro mal. Pelo lado negativo quando ele é mal interpretado. Algumas pessoas acham que o politicamente correto é não falar de certos assuntos, não é isso. Ele veio para o bem, para colocar certas coisas em seu devido lugar, não é engraçado fazer piada com racismo, homofobia ou machismo. O humor tem que ser engraçado pra todo mundo, não só pra quem tá fazendo a piada”, comenta Alexandre.

“Não existe espaço no mercado para amador. Ninguém quer ser Alexandre, o Médio, sabe?” Ele também compartilha o segredo para produzir qualquer boa matéria, propaganda, roteiro ou qualquer outro elemento que exija esforço e destaque “A gente se comunica através de histórias. Se vocês tiverem algo original, é muito provável que o mercado te queira. Tudo que você precisa, é contar uma história como ninguém contou antes”, observou o roteirista.

Quando questionado acerca do tipo de humor inovador utilizado no programa, para o qual escreve na Rede Globo, Alexandre diz ser uma experiência incrível: “É maravilho porque eu faço uma coisa que eu acredito, que tem haver comigo. Eu tenho a possibilidade de levar pro programa pontos de ideias e criticas do mundo que são minhas visões.”, ele contou referindo-se a liberdade que o estilo do roteiro o proporciona.

Alexandre
Alexandre Pimenta

Luana Feliciano e Luiza Esteves

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Agência UVA é a agência experimental integrada de notícias do Curso de Jornalismo da Universidade Veiga de Almeida. Sua redação funciona na Rua Ibituruna 108, bloco B, sala 401, no campus Tijuca da UVA. Sua missão é contribuir para a formação de jornalistas com postura crítica, senso ético e consciente de sua responsabilidade social na defesa da liberdade de expressão.

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