Aqui um texto criado a partir da ideia de pleonasmo, na disciplina Técnicas de Redação & Expressão. O ponto de partida foi um vídeo, publicado no YouTube, chamado “Redundâncias”, do Nóis na Fita…
Roberta Oliveira
Moradia precária, sem luxo ou boas condições de vida, no pior lugar que se pode imaginar, vive uma pessoa não muito, digamos, bem educada, chamada Charlene. Esse nome foi dado porque sua falecida mãe achava que ela iria se tornar uma princesa, então esse era o nome perfeito.
Do outro lado da cidade, na área nobre, com casas de luxo, pessoas de nariz empinado, todas da mais alta escala da sociedade, vive uma menina que tem tudo o que quer, à hora que quer, chamada Maria. Seu nome foi dado em homenagem a sua avó, Maria Catarina Frietzbald de Assis, condessa da Província de Wernelsds, na Europa.
Ninguém poderia imaginar um qualquer encontro entre as duas, se não fosse a procura de Maria por uma empregada. Fazendo uma entrevista de seleção, chega a hora de Charlene:
– Olá! Seja bem-vinda. Por favor, sente-se. A senhora é a…
– Charlene nem! Prazer ti conhecer tamém.
– Ah… sim, claro! Prazer, Maria. A senhora veio por causa do emprego, certo?
– É sim! Mas senhora tá nu céu. RÁRÁRÁ!!! Tô brincanu nem. Seguinti, tô precisanu dum emprego bom. Lavo, passo, cozinho, faço di tudu um poco. RÁRÁRÁ!!!
– Bem, que bom que a senho…, quer dizer, você, sabe fazer tudo isso. É exatamente o que procuro. Mas você tem algum tipo de carta de recomendação?
– Xiii!! Carta de recumendação?? Sei inscrivinhá não sinhora! Mas inpriência eu tenhu sim. Já trabalhei em casa de família, subia pra cima, descia pra baixo da casa limpanu tudinhu, tudinhu… Sô boa nu qui façu!
– Ah, estou vendo! Saindo um pouco do assunto, qual é o seu objetivo de vida e o que pretende fazer se não conseguir esse emprego?
– Bem, nem… Eu não sei direitu não, mas achu que eu vou ir tentanu até cunseguir. Afinal, ainda vou ser uma princesa, como minha mãezinha, que Deu a tenha, queria.
– Hã?!? Princesa? Isso que sua mãe queria? Bom, ela tinha uma bela imaginação hein? RÁRÁRÁ!!!
– É nem. Tu vai ver só, eu ainda vô ser!
– Ok Charlene. Agradeço a sua vinda. Muito obrigada.
– Brigada tu nem!
A partir desse dia Maria começou a repensar sobre a sua vida. Será que ela realmente merecia ser uma princesa? Será que ela não deveria ajudar quem precisa? Pois é, e ela fez. Fundou uma organização que ajuda pessoas carentes e dá uma nova vida a elas.
Já Charlene foi contratada por Maria. Melhorou de vida, aprendeu a ler, escrever e a falar bem, mas não se tornou uma princesa como sua mãe tanto queria. Ela foi além. Se tornou uma chef de cozinha renomada, servindo banquetes refinados para a alta sociedade e conseguiu se transformar na “Rainha da Comida Boa”.
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