Aqui um texto criado a partir da ideia de pleonasmo, na disciplina Técnicas de Redação & Expressão. O ponto de partida foi um vídeo, publicado no YouTube, chamado “Redundâncias”, do Nóis na Fita…
Anna Luiza Paiva
Bem, vou começar do começo. Me chamo Maria dos Absurdos. Moro em uma vila militar, e sou vizinha de Seu Aristides, um almirante da Marinha, agora já aposentado.
Sou viúva do meu falecido marido, Euclides. O que causou a morte dele foi uma hemorragia de sangue, mas o que levou a isso não se sabe. Dizem que Seu Aristides presenciou todo o ocorrido, mas de uns tempos pra cá ele anda meio maluco da cabeça, acredito que seja da idade. Toda manhã, sempre às seis horas, Seu Aristides toca a corneta que possui em sua varanda, e grita alto “alvorada” para a vila toda acordar, exatamente como era feito em seu quartel. Quer prova de loucura maior do que essa?
O fato real é que, sem o testemunho dele, só me cederam a casa em que já morava, e não tenho como recorrer a nada, nem a explicações sobre o ocorrido.
Tentei diversas vezes comparecer pessoalmente à Marinha para esclarecer tudo isso, mas ninguém quis me encarar de frente.
A verdade verdadeira é que estou cansada desse assunto. Vou acabar abrindo uma goteira no meu teto, que vai pingar na minha testa pro resto da vida. E tenho certeza absoluta que, se isso acontecer, eu me afogo!
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