Samba e comunidade carente de mãos dadas

 O mundo empresarial vê na responsabilidade social uma nova estratégia para aumentar seu lucro e otimizar o seu desenvolvimento de forma eficiente e ética. É cada vez mais importante para as empresas em geral associarem suas marcas às ações sociais. Responsabilidade social, respeito e consciência são valores que tocam mais os consumidores modernos do que valores como confiança, garantia e qualidade.
O projeto sócio-cultural G.R.C.E.S.M. Herdeiros da Vila foi fundado em 23 de Julho de 1988, a partir da associação de um grupo de pessoas com um objetivo em comum: fazer a diferença.
‘Os Herdeiros da Vila’ consiste no desenvolvimento de ações específicas da prática do coletivismo em prol do fortalecimento da cultura, esporte, cidadania e do bem comum com crianças e adolescentes na comunidade do Complexo do Morro dos Macacos, Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro, sua área de abrangência.”Hoje a escola se encontra em uma nova fase, uma fase de renovação e reestruturação, e para isso mais uma vez nossa escola mãe, o Grêmio Recreativo de Escola de Samba Unidos de Vila Isabel vem para somar como nosso principal parceiro, nos cedendo espaço para ensaiarmos todas as crianças da comunidade e montarmos a nossa sede”, comentou Jair Silva, 44 anos, coordenador assistente do projeto e educador.
“Na época em que vivemos, estamos cada vez mais sendo levados a perceber que precisamos desses braços da sociedade para içar cargas com a convicção de que a consciência solidária é uma solução que tem como ponto de partida a ação das bases comunitárias”, afirma Maria Auxiliadora, 26 anos, ex-aluna e educadora.
O mundo globalizado sofre conseqüências econômicas e sociais semelhantes às que ocorreram no século XIX, com a Revolução Industrial. Desemprego, desnível social, má distribuição de renda são velhos conhecidos batendo na porta de um número cada vez maior de pessoas e criando gerações de seres humanos marginalizados. O que se vê surgir hoje em dia é a consciência solidária que parte da sociedade.

por Jeferson Rodrigues • 6º período • Jornalismo Digital