O funk sempre foi visto com preconceito por ser uma manifestação cultural da juventude pobre. Mas, nos últimos anos esse estilo musical tem tido uma grande repercussão nos meios de comunicação. O que antes era restrito a uma classe mais baixa, hoje se tornou o ritmo do momento. Dessa forma, não há como medir sua abrangência com precisão, mas se tornam visíveis as mudanças de comportamento das pessoas que freqüentam os chamados ‘bailes funks’.
Um ‘funkeiro’ de verdade possui uma linguagem e um estilo bem peculiar. Sua maneira de falar, de se vestir, como também as letras de suas músicas, na sua maioria, fogem do famoso ‘padrão de qualidade’. Temas como sexo, violência e a própria apologia às drogas são freqüentes nessas canções.

Para Verônica Costa, ‘Mãe Loira do Funk’, o estilo musical não influencia o comportamento dos jovens.
“O que influencia é a educação e a família. A música só tem o papel de criar uma esperança, e até mesmo de fazer com que eles esqueçam a ideia de ter o traficante como referência. Hoje muitos jovens têm o Mc Marcinho como referencial. Isso é muito positivo”, diz Verônica.
“Eu acho que sim, a partir do momento que o funk não proporciona nenhuma reflexão. É uma cultura característica de uma determinada realidade que faz apologias que não são positivas. Não posso aprovar uma influência como a do funk”, conclui.

Ao questionar o público em foco, uma surpresa: Pablo Rodrigues, 18 anos, frequentador de baile funk desde os 14, revela que grande parte do que a mídia transmite é ilusão.
“Todos associam a imagem do funkeiro ao usuário de drogas e isso é errado. Drogas estão presentes em qualquer lugar. Nós gostamos de nos divertir, de colocar um tênis novo no pé e ir para o baile dançar”, conta o jovem.
Débora Rodrigues • 5° período • Jornalismo Digital
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