Atualmente os cursos acadêmicos de Moda têm se tornado mais comuns nas grandes capitais brasileiras. Cada vez mais meninas – e meninos, sim! – vêem nos croquis, tecidos e estampas a porta aberta para um futuro profissional promissor. Mas quem deu o primeiro passo para que a Moda se tornasse a ferramenta de influência cultural, social e econômica que é hoje em dia?
Há mais de dois séculos, ter habilidades para corte e costura era adjetivo atribuído a moças solteiras que sonhavam um dia com o casamento. As que trabalhavam com a arte, eram as chamadas modistas. As roupas não eram tidas como objetos de desejo e nem revolucionavam época.
Até que em 1827 surgia no Brasil “O Espelho Diamantino”, primeiro jornal do país voltado exclusivamente para as mulheres, mas produzido por homens. No jornal, moldes e recortes entretiam as costureiras e donas-de-casa. Ele abriu as portas para outras publicações, como o “Jornal das Senhoras”, primeiro jornal feminino produzido por mulheres, que apresentava como subtítulo “Moda, literatura, belas-artes e crítica”.
No resto do mundo, principalmente Europa e nos Estados Unidos, as revistas femininas, e o jornalismo de moda, se multiplicaram. Vogue, Cosmopolitan e Elle são algumas das mais antigas publicações que fazem sucesso e ditam o que a mulher deve vestir até os dias atuais.
A moda tem seu valor, pois influencia comportamentos, transforma atitudes e diferencia as pessoas pela forma como se vestem. “Moda é comportamento, personalidade, atitude. A importância da moda é que cada pessoa se destaca e dá força à sua personalidade através da roupa”, afirma Laura Vidaurreta, produtora e estilista formada em Moda pela Universidade Veiga de Almeida.
Laura, que também é jornalista, acredita que para escrever sobre moda não é necessário ter o curso acadêmico, mas entender sobre o assunto. “É bom ter um conhecimento. Às vezes, uma boa fonte de informação – livros, revistas, sites – é tão importante quanto um curso”, diz a estilista que já ensaia os primeiros passos para a criação de sua grife, ainda sem nome.
A força de vontade dos futuros jornalistas vai longe. Letícia Coimbra é estudante do primeiro período do curso de Desenho de Moda da Universidade Santa Marcelina, em São Paulo. A estudante morava na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro e sempre acreditou que a especialização era fundamental. “De que adianta aprender a escrever um bom texto se não sei sobre as próximas modelagens, tecidos, cores? Meu sonho sempre foi estudar aqui, quero garantir meu futuro profissional”, conta Letícia ao se referir à nova fase de sua vida.
É claro então que o figurino além de ditar personalidades, também tem criado um novo grupo de pessoas, interessadas em fazer moda, literalmente, e comunica-la ao mundo. O número de faculdades cresce consideravelmente, principalmente nas grandes capitais. Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, Santa Marcelina e Anhembi-Morumbi, em São Paulo, são os nomes mais procurados pelos futuros jornalistas, estilistas e editores de moda.
Juliana Machado • 6° período • Jornalismo Digital
ótima matéria!