Sociedade

Tempo bom para intercâmbios e experiências internacionais

Os ventos da economia estão soprando a favor das agências de viagens e dos turistas. Com a queda do dólar, a cada dia cresce o número de brasileiros que desejam uma experiência internacional, mas sem perder tempo, nem dinheiro. Para isso, empresas especializadas em intercâmbio oferecem opções de trabalho, estudo e cursos de idiomas com curta duração, no qual os participantes além de conhecer novas culturas, podem enriquecer o currículo, adquirir fluência em idiomas e ainda ganhar dinheiro.

As opções são a gosto do freguês. São programas de estágio universitário no exterior, trabalho combinado a curso de línguas, intercâmbios com high school e universidades. Segundo a representante comercial da empresa World Study, Sônia Almeida, o país mais procurado é os Estados Unidos, embora outros lugares sejam boas alternativas. “A África do Sul, por exemplo, embora tenha o inglês como língua oficial é um país pouco procurado. É uma opção mais barata para quem busca fluência no idioma”, indica Sônia.

Já aqueles que procuram trabalho ou estágio na área profissional, as agências oferecem vagas em empresas parceiras, geralmente, em restaurantes, bares, hotéis, lanchonetes, cassinos e parques de diversões. “A melhor coisa que fiz foi realizar o meu primeiro intercâmbio para os Estados Unidos, trabalhei durante seis meses em uma lanchonete, adquiri fluência em inglês e quando voltei recebi rapidamente uma proposta de emprego” conta a representante comercial da World Study, Sônia Almeida, 35 anos, que já viajou como estudante pela agência.

No caso de estudantes universitários, que desejem pleitear uma vaga em empresas estrangeiras é necessário ter fluência na língua do país e se enquadrarem nos pré-requisitos exigidos pelos programas. “Promovemos feiras anuais, no qual os interessados são entrevistados pessoalmente pelos empregadores. Os intercambistas têm prévia consultoria para se prepararem para o encontro, de acordo com o perfil de empregado que a empresas procura”, explica a representante comercial.

No entanto, outras pessoas preferem fugir do convencional e preparam essa experiência de forma independente. É o caso do técnico bancário Ribamar Silva Filho, 53 anos, ele decidiu viajar para os Estados Unidos em busca de oportunidades de trabalho, mas sem depender de agência. “Depois dos 40 anos, no Brasil fica complicado conseguir emprego. Tinha um amigo que já trabalhava em Miami, me informei, tirei meu passaporte e visto para seis meses. Passei sete anos trabalhando na Flórida”, declara.

A exemplo de Ribamar, a jornalista Luiza Cruz, 45 anos, realizou curso de idiomas na Inglaterra também por conta própria. “Fiz inscrição em um curso de inglês oferecido pelo Conselho Britânico, fiquei hospedada em uma pensão. Passei um mês de férias e recomendo, pois é um processo de total imersão na língua. Mas para tal experiência é necessário, pelo menos, arranhar no inglês”, aconselha.

A intrepidez da jornalista resultou em viagens de intercâmbio cultural, também fora do circuito das agências. Duas vezes como “mochileira” na Europa, Luiza adquiriu a marca destes viajantes. Reconhecidos pela ousadia, disposição e mochila nas costas, os mochileiros desejam conhecer vários cidades e países, poupando tempo e dinheiro. “Acho que o principal é ter espírito de aventura. Visitei Alemanha, Áustria, França, Holanda, Bélgica, Inglaterra, Escócia em um mês. O melhor foi ter me hospedado em albergues. Conheci muita gente, fiz novas amizades e não teve um dia se quer que não tenha saído à noite”, lembra Luiza.

A jornalista Cecília Rodrigues, 27 anos, concorda com a colega de profissão e conta por que não quis viajar por agência. “Hospedagem em albergue é bem mais barato e conhecer pessoas é a melhor vantagem. Não viajei por agência, pois acho que nos deixam um pouco presos e eu queria que a rota fosse escolhida conforme o andamento da viagem”. A jornalista recomenda que não deve faltar na bolsa um bom Guia de viagem, protetor labial e dicionário da língua do país. “Poupei dinheiro durante a graduação e quando me formei, em 2004, presenteei-me com a aventura. Indico sempre esse tipo de viagem e pretendo fazer outro mochilão pela América Latina”, revela Cecília.

Carla Delecrode • 6º período • Jornalismo Digital

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