Justiça do Rio aceita pedido e SAF do Vasco é suspensa

Após entrada de ação do Presidente do Club de Regatas Vasco da Gama, Pedrinho, contra a 777 Partners, a 4º Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio aceitou o pedido e suspendeu, na última quarta-feira (15), o contrato entre as duas partes pelo controle da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) no clube. Com isso, o cruzmaltino volta a ter o gerenciamento total da própria instituição. O juiz Paulo Assed Estefan é o autor da liminar.

O pedido se deu após as notícias de que a empresa americana está sendo processada nos Estados Unidos por fraude. A dona da SAF do Gigante da Colina também é acusada por possível esquema de pirâmide pelo fato de dar como garantia de empréstimo valores em ativo sendo cerca de 1,8 bilhão de reais que, não a pertenciam, ou que já foram oferecidos como garantias a outras empresas.

Como fica a partir de agora

Inicialmente, a SAF do Vasco era controlada por sete integrantes, no que se configura o Conselho de Administração do clube. Cinco desses eram da 777 (Josh Wander, Andres Blazquez, Donald Dransfield, Nicolas Maya e Steven Pasko) e as duas cadeiras restantes eram de Pedrinho e Paulo César Salomão, presidente e vice-presidente do cruzmaltino. A partir da decisão liminar, somente Pedrinho e Salomão continuam no controle da equipe carioca. 

A saída da empresa americana abre um precedente quanto à continuidade da SAF em São Januário. Referente a isso, o presidente do clube deu um ar de tranquilidade e também defendeu a decisão tomada.

“O futebol não volta para o associativo, permanece e permanecerá com a SAF. A SAF continuará para sempre. Todo planejamento esportivo e financeiro continua com a SAF. Mesmo com as restrições, nunca deixei de sinalizar tudo o que estava acontecendo. Seria fácil eu lavar minhas mãos, esperando o caos acontecer, e dizer depois que eu avisei. O mais difícil foi ter entrado com a ação. Tem que ter muita coragem para fazer o que fizemos, tudo em respeito à instituição Vasco da Gama”, afirmou Pedrinho.

O vice-presidente jurídico do Vasco, Felipe Carregal Sztajnbok, também confirmou a fala sobre o clube não extinguir a Sociedade Anônima no Gigante da Colina, mas garantiu que será preciso achar um novo parceiro para controlar novamente a parte gerencial do clube.

Foto de capa: Jairo Rodriguez / Vasco

Reportagem de Victor Ferreira Santos, com edição de texto de Gustavo Pinheiro

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