Cidade Cultura

Bienal Black estreia no Rio de Janeiro com programação extensa e diversa

Evento vai até junho e contará com diversas manifestações artísticas que pretendem discutir sobre espaço, território e identidade

A terceira edição da Bienal Black terá início hoje, dia 27 de março, e vai até junho contando com uma programação que tem como objetivo desconstruir e reestruturar normas, práticas e hierarquias dos espaços, explorando novos formatos e localidades. O evento itinerante começou no Rio Grande do Sul e percorreu todas as capitais da região. Esse ano, a cidade do Rio foi escolhida e terá programação em seis equipamentos culturais da capital.

(Foto: Divulgação)

A abertura acontecerá no Teatro Gonzaguinha, às 19h. Entre algumas das atrações do dia, haverá apresentações musicais e performáticas, exibição de curtas-metragem e exposição de artistas premiados, além de apresentação de trabalhos artísticos de pré-estreia. Outros equipamentos culturais também receberam atividades da Bienal, são eles o Centro Municipal de Artes Hélio Oiticia, o Centro de Artes Calouste Gulbenkian, Centro Cultural dos Correios, Cidade das Artes, Espaço Cultural Correios, Museu da História e da Cultura Afro-brasileira (Muhcab), Museu da Maré e o Museu do Samba; o cronograma completo, que também contará com uma parte virtual, pode ser visto no site ou no Instagram .

(Foto: Divulgação)

Ao todo, serão expostos mais de 270 trabalhos de 225 artistas do Brasil e do exterior, com o tema “Fluxos (in)Fluxo: Transitoriedade, Migração e Memória”. Está classificada em cinco eixos expositivos denominados Linhas Insurgentes, Redes de Transmissão, Práticas Geradoras, (Re)Imaginando o Cubo Preto e Memórias Deslocadas, e será composta por oficinas, workshops, exposições, rodas de conversa denominadas de “Artistas (em) Conversão”; e por fim, sessões comentadas de videoarte e performances. Foram desenvolvidos através de uma curadoria colaborativa com instituições e artistas independentes que se relacionam com temas como inovação, resistência, deslocamento e espaço, dando destaque para a importância que esses espaços têm em promover diálogos contra o preconceito e a intolerância.   

A organização é realizada por curadores de quatro países diferentes para estabelecer um ambiente propício para refletir sobre questões migratórias, desigualdades sistêmicas de gênero, narrativas transculturais e identidades em fluxos. Segundo sua idealizadora, Patricia Britto, o objetivo do evento é uma narrativa que seja inclusiva, abrangendo as comunidades marginalizadas.

“Almejamos desconstruir paradigmas, contribuindo para uma compreensão mais abrangente e justa das dinâmicas de migração, memória e identidade”, afirma.

O evento tem produção realizada pelo Instituto Black Art e financiamento por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Com patrocínio do Grupo Carrefour Brasil e apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da Secretária Municipal de Cultura.

Foto de capa: Sarah Lamille/Divulgação

Reportagem por Karla Maia, com edição de texto de Jorge Barbosa

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