“Bob Esponja: Em Busca da Calça Quadrada” reforça a fórmula de humor em nova jornada

Mantendo o humor característico do universo do desenho tão aclamado, “Bob Esponja: Em Busca da Calça Quadrada” cumpre o que promete aos fãs de todas as idades na quarta aventura do personagem no cinema. Com direção de Derek Drymon, o filme aposta no carisma familiar dos diversos personagens já conhecidos da franquia. A produção estreia nos cinemas de todo o Brasil na quinta-feira (25), em pleno Natal.

O novo longa é uma imersão frenética, absurda e vibrante em mais uma jornada de amadurecimento dos personagens no fundo do mar. A trama gira em torno do personagem-título que se encontra empolgado por finalmente poder andar numa certa montanha-russa até duvidar de si mesmo e tentar conquistar uma espécie de certificado de coragem. Assim, ele e Patrick Estrela são enganados pelo temível Holandês Voador, que os leva a um lugar chamado submundo para enfrentarem uma série de provas dignas de videogame.

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Dentre esses desafios podem ser notadas as referências de cultura pop, como por exemplo algumas paródias voltadas à “Matrix” e “Apocalypse Now”. Além disso, a estética subaquática na produção ilustra uma paleta de cores vibrantes que já é característica da animação. O filme também apresenta um conjunto de piadas sem sentido e brinca com os sentimentos de nostalgia do público com a série da Nickelodeon criada ainda em 1999.

Em relação ao roteiro, Pam Brady e Matt Lieberman optaram por centralizar tudo na disputa entre o cozinheiro do Siri Cascudo e o Holandês Voador. Essa escolha acabou diminuindo a participação de personagens secundários queridos do desenho, como Sandy Bochechas e Plankton. Apenas aparições rápidas desses convidados são vistas, visto que para focar no núcleo central da história quase sempre a turma da Fenda do Biquini é dispensada da trama. Esse cenário abriu mão de parte da variedade de histórias e riqueza de tons vistos em filmes e episódios anteriores.

O Holandês Voador é o vilão da trama.
(Foto: Divulgação/Paramount Pictures)

Apesar disso, o desenvolvimento do Holandês Voador como antagonista na trama compensa essa questão e mantém o ritmo da produção envolvente, ainda mais nas sequências animadas. Por outro lado, a participação em live-action presente na obra cinematográfica é menos inspirada, inclusive com direito a falhas nos efeitos especiais.

Por fim, o resultado da obra é uma aventura nostálgica e digna do legado do personagem. A história tem ritmo rápido, é engraçada, original e ideal para todos os públicos. Sendo assim, trata-se do tipo de filme essencial para estrear nesta reta final do ano, reunindo toda a família em torno de datas comemorativas como o Natal. Para quem quer diversão sem compromisso, o longa é de fato uma celebração da franquia que, após tantos anos, continua relevante e envolvente.