Á medida que a final da Copa Conmebol Libertadores se aproxima, o clima entre os torcedores do Flamengo ganha contornos de expectativa crescente. O duelo contra o Palmeiras, no próximo sábado (29), às 18 horas, em Lima, no Peru, reacende lembranças recentes, intensifica debates e desperta sentimentos que vão da tranquilidade aparente ao nervosismo incontrolável. O momento é vivido como um daqueles capítulos que parecem maiores do que o próprio jogo.
Para muitos rubro-negros, a final representa mais do que a busca por um título continental. É também a chance de responder aquelas feridas abertas em 2021, de reafirmar o peso do elenco e de transformar a rivalidade em motivação. Em meio a palpites, confissões e diferentes modos de lidar com a espera, a torcida tenta administrar um misto de ansiedade e esperança enquanto o dia da decisão se aproxima.
A estudante de jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida (UVA), Yasmin Queiroz, de 22 anos, descreve esses dias como um período em que a mente não descansa. Ela conta que a ansiedade cresce conforme a final se aproxima e que o reencontro com o Palmeiras traz memórias que pesam, mesmo para quem já viveu outros confrontos decisivos entre os clubes.
“Me sinto ansiosa e nervosa, não será a primeira vez que iremos enfrentar o Palmeiras, mas ao mesmo tempo quero confiar que o Flamengo fará o seu trabalho e irá trazer o título para casa”, conta a estudante.
Ela também acredita que o rival tende a entrar em campo com agressividade. Sobre o reencontro com Andreas Pereira, personagem central da final em 2021, ela admite que o peso emocional é inevitável.
“Espero que seja com um final diferente. O reencontro com esse jogador vai ter clima de revanche pelo que fez em 2021”, comenta Yasmin.
(Foto: Arquivo pessoal)
Outro torcedor do time, Raul César, de 21 anos, e também estudante de Jornalismo na UVA vive a espera com intensidade ainda maior. Ele admite que o nervosismo domina seus dias desde a definição dos finalistas.
“Desde que saiu a definição da final estou pensando nisso todos os dias. Só vou ficar calmo quando terminar o jogo e o Flamengo ser campeão”, reflete o universitário.
Raul vê o Palmeiras como um adversário muito perigoso, especialmente por causa do comando técnico. Abel Ferreira já comandou o clube paulista em duas conquistas de Libertadores, em 2020 e 2021.
“O que me preocupa no time do Palmeiras é o treinador deles. O Abel faz esse time ser algo que nas mãos de outro treinador não seria. Ele deixa os jogadores se sentindo imbatíveis”, analisa Raul.
Entre os nomes do elenco rival, um em especial o deixa em alerta: Alan. Segundo o jovem, esse atleta pode desequilibrar jogos. Além disso, o universitário ainda comentou sobre o peso emocional do duelo.
“Esse confronto é diferente, é único. O Andreas está do outro lado agora. A final de 2021 pesa e a rivalidade virou algo absurdo”, conta o estudante.
(Foto: Arquivo pessoal)
Já para o estudante de engenharia civil pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Luigi de Oliveira, de 20 anos, adota um tom mais otimista. Ele acredita que o momento do Palmeiras pode favorecer o Flamengo.
“Cara, a gente fica esperando assim a final, mas estou tranquilo. O Palmeiras está numa fase ruim. Mesmo com desfalques como o Pedro acho que dá para ganhar tranquilo. Acho que vai ser 3 a 0 para nós”, comenta Luigi.
Assim como outros entrevistados, ele acredita que a final carrega um peso emocional especial. É a quinta decisão de Libertadores que o rubro-negro participa em sua história. O confronto, inclusive, é uma reedição da única final da competição em que a equipe carioca saiu derrotada.
“Eu vejo essa final como revanche. Eles só ganharam em 2021 porque a gente entregou. Agora vamos mostrar o resultado de verdade”, opina o torcedor.
(Foto: Arquivo pessoal)
A final contra o Palmeiras não é apenas mais uma decisão. Para a torcida rubro-negra, o jogo carrega uma carga emocional que mistura ansiedade, confiança e a sensação de que algo histórico está prestes a acontecer. A lembrança amarga do vice-campeonato em 2021 ainda pesa para muitos, mas agora surge a oportunidade de transformar aquela frustração em força.
Cada torcedor enxerga a partida como um capítulo decisivo: é a chance de recolocar o Flamengo no topo do continente e, ao mesmo tempo, buscar um feito inédito, já que o clube pode se tornar o primeiro tetracampeão brasileiro da história da Libertadores. Até o apito inicial, a expectativa segue crescendo, alimentada pelo desejo coletivo de ver o rubro-negro escrever uma página única e inesquecível.
Foto de capa: Adriano Fontes/Flamengo
Reportagem de Rafael Zoéga
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Agência UVA 
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