Na manhã deste domingo (6), foi disputado o Grande Prêmio da Grã-Bretanha de Fórmula 1. A corrida aconteceu na lendária pista de Silverstone e marcou os 75 anos da categoria. As condições climáticas adversas trouxeram diversas incertezas ao longo da prova. Apesar disso, o britânico Lando Norris, da McLaren, garantiu a vitória em casa, a quarta na temporada. Completaram o pódio Oscar Piastri, companheiro de equipe de Norris, e Nico Hülkenberg, da Sauber, com um inédito e inesperado pódio.
As emoções já começaram bem antes da bandeira verde. Durante a volta de apresentação, diversos pilotos optaram por trocar os pneus intermediários de chuva por pneus para pista seca, já que o asfalto apresentava trechos secos após a chuva que atingiu o circuito horas antes da largada. Max Verstappen, da Red Bull, largou na pole position, seguido por Piastri e Norris. Logo na primeira curva, Lewis Hamilton, da Ferrari, tentou ultrapassar Norris, mas não conseguiu concluir a manobra.
Antes das dez voltas iniciais, o safety car virtual já havia sido acionado duas vezes, devido a batidas e abandonos. A saída precoce de alguns pilotos foi consequência da troca para pneus de pista seca, que dificultaram a pilotagem no asfalto ainda molhado.
Max tentou manter a liderança, mas, conforme as voltas passavam, os carros da McLaren mostraram um ritmo de corrida melhor. Piastri foi o primeiro a ultrapassar o piloto holandês, que tentou devolver a manobra, mas seu carro saiu de frente e, por isso, ele também perdeu a segunda posição, caindo para terceiro. Na metade da prova, uma forte chuva atingiu o circuito, obrigando a entrada do safety car para garantir a segurança dos pilotos.
Na relargada, após a saída do safety car, Piastri fez uma manobra questionável e foi punido com 10 segundos, mas ainda assim terminou em segundo. Verstappen rodou sozinho na pista, retomou o controle do carro, mas perdeu diversas posições. O piloto, quatro vezes campeão mundial, até lutou por algo melhor, mas finalizou a prova em quinto lugar. Hamilton adotou uma estratégia ousada no fim da corrida e quase garantiu um pódio, mas terminou em quarto. George Russell, da Mercedes, também arriscou pneus de pista seca no asfalto molhado, rodou, mas conseguiu voltar à disputa.
Norris teve uma atuação sólida durante todo o percurso e foi premiado com a primeira colocação, que já viria naturalmente pela punição de Piastri. Ainda assim, o piloto da casa ultrapassou o companheiro de equipe e garantiu sua segunda vitória consecutiva, além de mais uma dobradinha para a McLaren.
Hülkenberg manteve-se na pista tanto em momentos de pista molhada quanto seca, o que lhe permitiu assumir a quarta colocação no fim, atrás de Lance Stroll, da Aston Martin. Com a perda de desempenho de Stroll, o experiente piloto alemão realizou a ultrapassagem e conquistou o primeiro pódio da carreira após 239 largadas. A equipe Sauber não figurava entre os três melhores desde o Grande Prêmio do Japão de 2012. Destaque também para o bom sexto lugar da Alpine, com Pierre Gasly.
O tempo irregular causou diversos abandonos ao longo da corrida. Antes mesmo da largada, Franco Colapinto, da Alpine, teve problemas no carro e não participou da prova. Em seguida, Liam Lawson, da Racing Bulls, bateu na primeira volta após escapar da pista. O brasileiro Gabriel Bortoleto foi o próximo a deixar a disputa, ao perder o controle do carro na pista molhada, depois de trocar os pneus de chuva pelos de pista seca. Durante a forte chuva, Isack Hadjar, também da Racing Bulls, acertou a traseira de Kimi Antonelli, da Mercedes, e ambos foram obrigados a abandonar a prova.
Com a vitória, Norris encostou em Piastri na briga pela liderança do Campeonato Mundial de Pilotos. Os dois companheiros de equipe agora estão separados por apenas oito pontos. Já no Mundial de Construtores, a McLaren segue disparada na liderança. No entanto, o pódio de Hülkenberg fez a equipe Sauber subir três posições e alcançar o sexto lugar na classificação, ultrapassando Haas, Aston Martin e Racing Bulls. A Fórmula 1 retorna em três semanas com o Grande Prêmio da Bélgica, prova que marcará o início da segunda metade da temporada.
Foto de capa: Reprodução/F1
Reportagem de Brendon Faria, com edição de texto de João Gabriel Lopes
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