A primeira participação do jovem tenista brasileiro João Fonseca em um Grand Slam da carreira terminou com uma derrota ainda na terceira rodada de Roland Garros, mas o resultado está longe de ser um sinal negativo para o futuro do atleta. Aos 18 anos, João encarou um dos maiores desafios possíveis: enfrentou o atual quinto colocado do ranking da Associação de Tenistas Profissionais (ATP), Jack Draper.
Mesmo saindo derrotado por 6/2, 6/4 e 6/2, o brasileiro mostrou personalidade, qualidade técnica e um potencial que empolgou os fãs. Com isso, a Agência UVA entrevistou o jornalista esportivo Marden Diller, dono do perfil Brasil no Tênis que cobre os assuntos relacionados à modalidade
Com uma atuação marcada por agressividade e bons momentos, Fonseca conseguiu arrancar aplausos da torcida presente nas arquibancadas do tradicional complexo parisiense. Apesar de não ter vencido sets na partida contra Jack Draper, o brasileiro ofereceu resistência e não demonstrou nervosismo em quadra, mesmo diante de um adversário muito mais experiente e consolidado no circuito. Para Marden Diller, o desafio serviu como um teste para o jovem tenista.
“Esse é o ano de não se cobrar nada do João. É o ano do João perder, aprender, ganhar cancha e amadurecer tanto fisicamente quanto em técnica. Ao mesmo tempo em que essa derrota não me surpreendeu, eu não acredito que seja o fim do mundo. Derrotas acontecem e é a primeira participação dele nessa competição”, reflete o jornalista esportivo.

(Foto: Arquivo pessoal)
Fonseca já vinha chamando atenção desde os tempos de juvenil, quando foi campeão do US Open Júnior e alcançou o topo do ranking na categoria. Desde então, a transição para o profissional vem sendo acompanhada de perto por torcedores brasileiros, que veem nele um potencial sucessor da era Guga no circuito.
Apesar da eliminação precoce, sua performance em Roland Garros pode servir como um divisor de águas. Ter enfrentado um dos cinco melhores tenistas da atualidade logo no primeiro Grand Slam que competiu não é comum e a maneira como ele reagiu a essa pressão diz muito sobre sua maturidade esportiva. Assim, Marden se mostrou esperançoso com os próximos anos do tênis brasileiro.
“O melhor jeito de se evoluir no tênis é jogando. Nosso futuro no tênis está bem assegurado. Pode vir ano que vem, pode vir aos 20 ou aos 22… Eu acho que olhando hoje o que o João joga, principalmente em quadras duras, acredito que seja inevitável que ao menos um Grand Slam ele ganhe”, acredita Diller.
Fonseca deverá seguir sua temporada focado em competições menores, com o objetivo de subir gradualmente no ranking da ATP e continuar evoluindo seu estilo para ficar cada vez mais sólido. Atualmente, João já figura entre os 60 melhores do mundo. O plano da equipe do tenista é mesclar torneios desafiadores com eventos onde ele possa avançar algumas rodadas e acumular experiência. Dessa forma, o jornalista esportivo acrescentou a sua visão sobre as próximas disputas do jovem tenista brasileiro.
“A gira de quadras duras da América do Norte, Ásia e Europa no fim do ano será importante para o João. Alguns dos resultados mais proeminentes dele foram em quadras duras. Pode ser que o jogo dele esteja aflorando mais para quadra dura, são altas as expectativas para ver o João jogar e fazer um bom final de ano”, explica o especialista.
O tênis brasileiro, carente de grandes nomes desde a aposentadoria de Gustavo Kuerten, o Guga, parece ter em João Fonseca uma chama de esperança renovada. E se Roland Garros foi apenas o primeiro capítulo num Grand Slam, a história que está por vir promete ser das mais empolgantes.
Foto de capa: Reprodução/Instagram/@joaoffonseca
Reportagem de Tales Vieira com edição de texto de Gustavo Pinheiro
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