Após rumores no mundo da moda, o Grupo Prada confirmou, na quinta-feira (10), a compra da grife Versace por €1,25 bilhão. Desde 2018, a marca fundada por Gianni Versace pertencia à Capri Holdings, empresa americana que também é dona da Michael Kors e da Jimmy Choo. A venda ocorreu em meio a uma reestruturação do conglomerado, que busca focar em outras atividades comerciais.
Algumas semanas antes, em março, Donatella Versace anunciou sua saída do cargo de diretora criativa, função que ocupava desde a morte de seu irmão Gianni, criador da grife, em 1997. Quem assumiu seu lugar foi Dario Vitale, ex-diretor de design e imagem da Miu Miu, marca que também pertence ao Grupo Prada. Com essa mudança significativa, a Versace iniciou um novo capítulo em sua história.
A união entre as duas marcas chamou atenção não apenas pelo peso dos nomes envolvidos, mas também por seus passados distintos. Por décadas, representaram estéticas diferentes dentro da moda italiana, disputando os holofotes nas passarelas. Enquanto a marca de Gianni sempre foi sinônimo de exuberância, excessos e sensualidade, a de Miuccia Prada se consolidou como o oposto: minimalista, intelectual e discreta.

Agora, a principal dúvida é como a Versace irá equilibrar sua identidade com a estética de sua nova casa. Segundo Emmanuel Gintzburger, CEO da marca, a experiência e a visão de Vitale trarão uma nova perspectiva à grife, sem apagar seu legado. Podemos esperar uma prévia do que vem por aí no evento MET Gala, que ocorre no dia 5 de maio. Independentemente do rumo que a marca tomar, a fusão entre dois ícones italianos já representa um dos momentos mais importantes da moda contemporânea.
Foto de capa: Donatella Versace/Instagram
Reportagem de Helena Valverde com edição de texto de Cássia Verly
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