Rebeca Andrade continua escrevendo história em Paris 2024. Neste sábado (03), a ginasta conquistou a quinta medalha olímpica da sua carreira Com esse resultado, ela se iguala ao recorde de Robert Scheidt e Torben Grael, se tornando uma das maiores medalhistas do país. A conquista da quinta medalha veio na final de saltos sobre a mesa, onde ficou com a prata.
Após as finais em equipes e do individual geral, onde Rebeca também ganhou medalhas, ela retorna ao ginásio para disputar as finais por aparelhos. A primeira final foi a dos saltos, onde Rebeca defendia o seu título olímpico. As oito finalistas classificadas executaram dois saltos diferentes, e a vencedora é aquela que ficar com a maior média entre os saltos.

(Foto: Reprodução/Instagram/CBG)
Quem também estava na final disputando a medalha, ninguém menos do que Simone Biles, em mais um dia de disputa entre essas duas ginastas. A americana se apresentou antes de Rebeca, e executou um dos saltos com maior nota de dificuldade e que leva o seu nome “Biles II”. O segundo salto foi o Cheng, um salto também executado pela brasileira.
Rebeca fez um salto lindo, alto e cravado, repetindo mais uma vez a nota de 15.100 e ficou com uma nota maior de execução do que Biles, que tirou 14.900 no mesmo salto. O segundo salto da brasileira foi um Amanar, com uma dificuldade menor, lindamente executado por Rebeca, que recebeu 14.833, terminando com a média de 14.966. Assim, conseguiu aumentar sua média em relação à classificatória.

(Foto: Wander Roberto/COB)
O que fez a diferença mesmo foi o salto Biles II, que tem uma dificuldade de 6.4, e foi belamente executado por Simone, fazendo-a tirar uma nota 15.700 e garantir o ouro com média 15.300. As duas ginastas foram as únicas que realizaram saltos com notas superiores a 15.000. Desta forma, novamente as duas subiram ao pódio lado a lado, como no individual geral, Simone com o ouro e Rebeca com a prata.
Havia a expectativa de que Rebeca executasse um salto inédito, mas estrategicamente a atleta junto com o seu técnico, optaram por saltos mais seguros que pudessem garantir a medalha. Em entrevistas após a prova, Rebeca chegou a comentar sobre o assunto e disse que ainda não se sente segura em executar o movimento e quando for o momento certo ela espera realizar lindamente como os que vem apresentando. Esse salto foi avaliado com dificuldade 6.0, o que vai aumentar consideravelmente a sua nota de partida e ficar mais próximo da sua rival.
Na próxima segunda-feira (05), novamente veremos as duas ginastas em mais duas finais olímpicas por aparelho, de solo e de trave. Além de Rebeca, teremos ainda Julia Soares nas finais das traves, a partir das 7h30 da manhã, horário de Brasília.
Foto de capa: Wander Roberto/COB
Reportagem de Nathalia Bittencourt, com edição de texto de Gustavo Pinheiro
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