França e Portugal se enfrentaram na última sexta-feira (5) em partida válida pelas quartas de finais da Eurocopa 2024, no Volksparkstadion. A partida, que reuniu os finalistas da competição em 2016, valeu a classificação para as semifinais contra a Espanha na próxima terça-feira (9).
Primeiro tempo teve Portugal com mais posse e finalização
Na tentativa de se preservar e estudar o adversário, ambas as seleções levaram um tempo para entrar na partida. Começando os ataques pelo lado esquerdo, a seleção portuguesa teve a partir de Rafael Leão e Nuno Mendes os primeiros momentos de perigo e de busca a Cristiano Ronaldo na área, até que Bruno Fernandes apareceu e passou a finalizar mais de fora da área. Na mesma moeda, Theo Hernández respondeu e obrigou o goleiro Diogo Costa a trabalhar pela primeira vez no confronto.
Com mais toques de bolas por parte das duas seleções, o primeiro tempo contou apenas com mais duas finalizações, pra fora, de Bruno Fernandes.
Chances desperdiçadas marcam segunda etapa
Mais abertas e em busca da vitória, as equipes fizeram um segundo tempo mais ofensivo e com mais oportunidades. Logo no início, Kylian Mbappé deu trabalho para Diogo Costa em boa finalização de dentro da área. No minuto seguinte, o volante do Real Madrid, de fora da área, foi a vez de Aurélien Tchouaméni finalizar em mais um lance terminado na mão do goleiro português. A França seguiu tocando mais a bola enquanto a seleção portuguesa não se encontrava no segundo tempo, até quando Bruno Fernandes e João Cancelo levaram perigo ao gol de Maignan no mesmo lance. Já pressionando, Portugal teve uma grande oportunidade com chute de Vitinha e rebote, de calcanhar, de Cristiano Ronaldo, mas o gol não saiu.

(Foto: Reprodução/X)
Quando Portugal estava no seu melhor momento no confronto, Kolo Muani fez boa jogada e teve uma grande chance, salva por Rúben Dias. A França seguiu atacando e Eduardo Camavinga quase marcou. Tenso, eletrizante e com substituições, o segundo tempo seguiu em alto nível até o fim, porém o placar zerado, levou a partida para a prorrogação.
Prorrogação mantém nível de tensão e tem substituições decisivas
Ainda arriscando, a seleção portuguesa buscou Cristiano Ronaldo e Rafael Leão para tirar o zero do placar, porém não obteve sucesso. Francisco Conceição também teve chance, mas mandou para fora. Do lado francês, Ousmane Dembélé usava de seus artifícios individuais para ajudar companheiros de ataque, como Mbappé e Marcus Thuram, porém a defesa portuguesa se postava bem e impedia melhores condições de finalização.
Para o segundo tempo, o cansado Rafael Leão é trocado por João Félix e Didier Deschamps substitui Mbappé, principal jogador da seleção, que se queixava de dores desde o início do segundo tempo, por Bradley Barcola, do PSG.
Substituições feitas, Portugal teve mais uma grande chance dos pés de João Félix, que mandou na rede, pelo lado de fora. Também demonstrando gás, Barcola mostrou talento na oportunidade que teve para se desvincular da marcação, mas pecou na hora de finalizar. Ainda buscando Cristiano, a seleção portuguesa não produziu mais do que isso e a partida foi para os pênaltis.
O retrospecto entre as seleções na Euro já apontava um empate para essa partida. Já nos pênaltis, Portugal eliminou a Eslovênia nas oitavas com grande atuação de Diogo Costa e a França teve sua grande frustação na disputa contra a Argentina, na final da Copa do Mundo de 2022, quando se sagrou vice-campeã.
Mas, como cada jogo é um jogo, toda essa questão não importou para Dembélé, Fofana, Koundé, Barcola e Theo Hernández, que assinalaram para a seleção francesa. Mesmo perdendo pênalti na partida anterior, o camisa 7 português converteu dessa vez, assim como Bernardo Silva e Nuno Mendes. João Félix desperdiçou a cobrança que premiou a França com a vaga para as semifinais.

(Foto: Reprodução/X)
Para Portugal, a derrota marca as últimas atuações de Cristiano Ronaldo e Pepe pela competição europeia, enquanto a classificada seleção francesa volta a entrar em campo contra a Espanha na terça-feira (9), às 16 horas, valendo vaga na grande final da Eurocopa, realizada em 14 de julho, no Olympiastadion.
Foto de capa: Reprodução/X
Reportagem de Rafael Lisboa, com edição de texto de Gustavo Pinheiro
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