Em sessão ordinária na última terça-feira (11), a Câmara Municipal do Rio aprovou as revogações por meio dos requerimentos 3064/2024 e 3066/2024 das concessões de Medalhas Pedro Ernesto, maior honraria da cidade, ao conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do RJ, Domingos Brazão, e do irmão e deputado federal Chiquinho Brazão. Ambos foram presos em 2024, acusados de serem mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ao todo, foram 20 votos a favor, um contrário e seis abstenções.
Autora do requerimento, a vereadora e viúva de Marielle, Monica Benício (PSOL), justificou ser sem precedentes manter a homenagem a dois dos responsáveis na morte de uma parlamentar do município. “É inaceitável que os envolvidos nesse crime covarde sigam homenageados pela mesma casa de leis que perdeu Marielle Franco”, disse.
Relembre o caso
No dia 14 de março de 2018, após voltar de um evento na Lapa, a até então vereadora Marielle Franco foi morta a tiros quando passava de carro na região do Estácio, na Zona Norte do RJ. De acordo com as investigações, o autor dos disparos foi o ex-policial Ronnie Lessa, junto com Élcio de Queiroz, responsável por dirigir o veículo no momento do crime. O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como “Suel”, além de Edilson Barbosa dos Santos, o “orelha”, também foram autuados como participantes do assassinato.

(Foto: Renan Olaz/CMRJ)
No início deste ano, em delação premiada, Lessa apontou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como mandantes do crime. Juntamente com eles, o delegado Rivaldo Barbosa também foi acusado de participar do planejamento da ação. Ele foi nomeado como Chefe da Polícia Civil dias antes da morte da vereadora.
Foto de capa: Maria Carius/CMRJ
Reportagem de Victor Ferreira Santos, com edição de texto de Gabriel Ribeiro
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