A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio, deu início à campanha da segunda dose da vacinação contra o vírus da dengue nesta quinta-feira (23), com os imunizantes sendo direcionados para as crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade. As doses estão sendo aplicadas em 238 unidades de Atenção Primária do município.
Na primeira fase da imunização, que começou no dia 23 de fevereiro, 130 mil doses foram aplicadas nesse mesmo público-alvo. Segundo orientação do Ministério da Saúde, aqueles que receberam a dose inicial da vacina devem retornar às unidades de saúde após completarem três meses da aplicação, respeitando o intervalo e se atendando ao calendário de vacinação.
O motivo da ação de atender primeiramente a crianças e adolescentes se dá pelo fato dos jovens dessa faixa etária serem mais vulneráveis ao vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o que gera maior risco de hospitalização pela doença.
De acordo com uma pesquisa publicada em março deste ano pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), crianças com menos de cinco anos são mais propensos a contrair o vírus, seguidas das idades de cinco a nove anos. Já a população de 10 a 14 anos possuem mais casos registrados no Brasil. Ao todo, mais de 5 milhões de brasileiros já foram diagnosticados com a doença, segundo dados do Painel de Monitoramento de arboviroses.
Para se imunizar, os jovens devem estar, preferencialmente, acompanhados de um responsável e portar documento de identidade e comprovante de vacinação (caso disponível) para serem vacinados. Mesmo quem já contraiu o vírus pode receber o imunizante. Aqueles que foram diagnosticados com a doença devem aguardar seis meses desde o início dos sintomas para receber a primeira dose e, caso tenha tido o quadro de dengue após a primeira aplicação, é necessário esperar 30 dias após o surgimento dos indicativos.
Contraindicações
Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as contraindicações da vacina são direcionadas para aqueles que já tiveram alergia grave a um dos componentes do imunizante ou a uma dose anterior desse. Além deles, cidadãos imunocomprometidos, com infecção por HIV sintomática, gestantes ou mulheres em período de amamentação também são contraindicados.
Foto de capa: Rodrigo Clemente/PBH
Reportagem de Leonardo Pires de Carvalho, com edição de texto de Victoria Muzi
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