Esporte

Brasil faz uma participação histórica no Mundial de Ginástica Artística

Com medalha inédita por equipe, seleção tem dobradinha brasileira no pódio e novo recorde de medalhas numa mesma edição

Chegou ao fim, no domingo (8), o Mundial de Ginástica Artística 2023, realizado em Antuérpia, na Bélgica. Foi uma edição histórica para a seleção brasileira, que fez a sua melhor participação em mundiais, conquistando ao todo 6 medalhas. Sendo a inédita a medalha de equipe, conquista pelo conjunto feminino. Rebeca Andrade e Flávia Saraiva ainda garantiram mais pódios para o Brasil.

Após garantirem uma vaga olímpica e ficarem em quarto lugar nas classificatórias, a equipe feminina conquistou uma façanha inédita, subir ao pódio em uma final por equipes. A equipe de Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira conquistou a medalha de prata, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, liderado por Simone Biles.

Dois dias depois de subir ao pódio ao lado das suas companheiras de equipe, Rebeca Andrade retornou ao palanque ao conquistar a medalha de prata no individual geral. A medalha consolida a boa fase da brasileira, que vem cada vez mais se confirmando como uma das ginastas mais completas do mundo na atualidade. Vice-campeã olímpica e campeã do mundial de Liverpool 2022, foi superada apenas pela norte-americana Biles, que é um fenômeno e retornou as competições após a paralização. Foi a primeira vez que as duas atletas estiveram lado a lado em um pódio.

Rebeca ainda participou de três finais individuais por aparelho e garantiu medalha em todos. No sábado foi ouro no salto, aparelho em que é a atual campeã olímpica, superando Biles. No último dia, garantiu bronze na trave e prata com o seu novo solo, tendo ainda a companhia de Flávia Saraiva no pódio. Com esse resultado, ela se torna a maior medalhista brasileira da competição, superando Diego Hipólito com cinco pódios em provas individuais. A atleta também estabeleceu um novo recorde de número de pódios numa mesma edição, cinco vezes.

Flávia Saraiva também competiu no individual geral, onde se classificou em sexto lugar, mas acabou cometendo dois erros na final, na barra assimétrica e no solo. Por fim, terminou a competição na 15ª colocação. Já na final do solo, garantiu a sua primeira medalha em mundiais. Com o bronze, ela subiu no pódio ao lado de Simone Biles e Rebeca Andrade, ouro e prata respectivamente. Assim, mais um momento histórico na competição: pela primeira vez temos uma dobradinha brasileira no pódio.

Primeira vez que duas brasileiras dividiram o mesmo pódio no Mudial de Ginástica Artística. (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Pelo lado masculino, não tivemos medalhas, mas garantimos duas cotas olímpicas individuais. Diogo Soares conseguiu uma vaga nominal e também foi o único brasileiro no individual geral. Se classificando na última colocação, melhorou as notas em quase todos os aparelhos e alcançou o top 10 da competição, superando as suas expectativas. Além de ser o melhor resultado da sua carreira, se iguala ao melhor resultado de Caio Souza na edição anterior.

Para encerrar a participação no Mundial, Arthur Nory competiu na final da barra fixa no último dia e buscava a terceira vaga olímpica. Ele já foi campeão mundial do aparelho em 2019 e ganhou medalha de bronze em 2022, fazia uma série segura e com alta complexidade para superar o croata, seu rival direto para a vaga olímpica. Mas infelizmente teve uma queda e terminou na sexta colocação. Tin Srbic, seu rival, terminou em segundo lugar e ficou com a vaga para as Olímpiadas.

Nory e outros ginastas ainda podem garantir vagas em Paris 2024 na Copa do Mundo e nos Campeonatos Continentais. No final deste mês, dia 20 de outubro, acontece o Pan Americano, onde a equipe brasileira de ginástica artística volta ao ginásio em Santiago.

Foto de capa: Divulgação/CBG

Reportagem de Nathalia Bittencourt, com edição de texto de Anne Rocha

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