Na manhã da última quarta-feira (13), o Vasco e o Ministério Público assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), acordo realizado para que o estádio de São Januário possa voltar a receber público. Nesse documento estão presentes cláusulas que determinam algumas mudanças que o Vasco deverá providenciar se desejar voltar a receber torcida em sua casa.
A instalação do sistema de biometria facial nas entradas é uma das obrigatoriedades presentes no TAC e deverá ser implementada no estádio de maneira gradual. O prazo para providenciar a tecnologia em todas as entradas vai até junho de 2024. Com isso, São Januário será o primeiro estádio do Rio de Janeiro a possuir essa tecnologia.
Após exigir a presença dessa nova ferramenta de segurança no estádio do Vasco, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pretende ampliar essa tecnologia para o Maracanã e Nilton Santos. Atualmente, apenas três estádios no Brasil contam com o sistema de reconhecimento facial em suas entradas: o Allianz Parque, do Palmeiras, o Estádio da Serrinha, do Goiás, e a MRV Arena, a nova casa do Atlético Mineiro, inaugurada em agosto.

O sistema de biometria facial proporcionará maior segurança ao público presente nos jogos, uma vez que facilitará a identificação de indivíduos que venham a cometer qualquer tipo de crime dentro de praças esportivas ou de seus arredores.
Esse assunto ganhou força nas últimas semanas e vem sendo temática principal nas conversas entre os torcedores. Gabriel Oliveira, de 23 anos, frequenta estádio toda semana e fala que não se sente seguro indo aos jogos e que essa nova tecnologia pode ajudar.
“Nunca é um passeio seguro, não é um programa que costumo fazer com minha família, é perigoso mesmo. Agora, essa ideia de implementar esse sistema de reconhecimento facial acredito que possa ajudar muito no policiamento e na organização dos jogos, pois teria o controle de quem está entrando no estádio e isso passaria uma sensação de maior segurança para nós torcedores”, diz Gabriel.
Quem também apoia a implementação desse sistema é João Victor da Silva, de 24 anos, que também costumar assistir jogos direto do estádio. Segundo ele, além de ser uma ferramenta benéfica aos torcedores que vão aos estádios, os quais terão uma experiência mais segura, o sistema também será útil para os clubes. Com a ferramenta, as equipes poderão diminuir o número de crimes cometidos dentro dos estádios, o que evitaria futuras punições desportivas.
“Esse sistema proporcionará uma maior facilidade em encontrar torcedores que tenham cometido algum crime e, assim, a punição será diretamente para a pessoa e não mais para o clube”, comenta João.
Com a utilização dessa tecnologia, alguns procedimentos irão mudar, um exemplo é a compra do ingresso. Nesse sistema, o torcedor precisará ter sua entrada comprada pelo site e seu rosto cadastrado previamente no banco de dados. A partir dessas mudanças, o público será favorecido com um menor tempo de espera para entrada no estádio e com o combate à prática de cambismo.
No estado do Rio de Janeiro, a princípio, está previsto para que o sistema comece a ser utilizado na partida entre Vasco e Coritiba, no dia 21 de setembro, no Estádio de São Januário. Inicialmente, a tecnologia será instalada apenas nas catracas do Portão 8, local onde entram os torcedores com ingressos de gratuidade.
Foto de capa: Divulgação/Palmeiras
Reportagem por Raphael Molinaro, com edição de texto de Anne Rocha
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