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Baile de Máscara inspirado em “Bridgerton” foi um dos destaques da Bienal do Livro 2023

Com um número de dança para receber a autora do best seller Julia Quinn, que acompanhou o momento junto com centenas de fãs

Um dos grandes sucessos da Bienal do Livro deste ano foi o “Baile de Máscara da Realeza” que preparou uma festa de época para receber a autora Julia Quinn, da saga “Os Bridgertons”. O objetivo era simular os bailes retratados nos livros, usando a adaptação de sucesso da Netflix como referência, para trazer a estética desse universo para as roupas e danças.

Depois da autora responder algumas perguntas das mediadoras Frini Georgakopoulos e Paola Aleksandra, Quinn pode acompanhar junto com os fãs um momento de dança com dez bailarinos embalados pela trilha sonora original da série. A Agência UVA conversou com o coreógrafo Léo Anjos (42) e com o dançarino Vinícius Cozzart (30), para saber mais sobre o processo de preparação.

O tempo que tiveram para organização foi de apenas duas semanas. Nesse período Léo e sua equipe tiveram que selecionar os bailarinos, providenciar os figurinos, todos os detalhes de acessórios e caracterização. Para se manter fiel ao imaginário dos fãs, o coreógrafo buscou por inspirações nos livros e na série baseada na história, o que deu uma base visual de como tinha que montar o baile.

Léo junto dos dançarinos nos bastidores da apresentação. (Foto: Acervo Pessoal)

Os cinco casais que compunham o balé foram selecionados para se aproximar dos perfis dos atores da série, especialmente os casais das primeiras temporadas, da série spin-off “Rainha Charlotte” e outros personagens marcantes da série. O processo aconteceu por meio de vídeo e depois de escolhido o elenco da dança, foram apenas três ensaios para montar a coreografia. O coreógrafo comenta sobre os desafios de reproduzir uma dança que remete aos passos dos bailes de épocas.

“Tem todo um cuidado na apresentação com relação às danças de antigamente para hoje em dia. Tivemos que ter esse cuidado para aplicar na coreografia, a postura, o olhar”, comenta Léo

Vinícius, que representou o personagem Benedict, também fala sobre esse cuidado na hora da dança, principalmente, por ser um ritmo que não estão habituados a dançar diariamente.

“Foi um processo bem bacana, porque a gente entra bastante nesse mundo da valsa, de “Bridgerton”, que é diferente do que vivemos hoje em dia. Aprender a coreografia com a música tema da saga, faz a gente entrar no personagem e ter aquela elegância,” relembra ele.

Vinícius dançou com a bailarina Karine Oliveira, que também é sua esposa na vida real e puderam dividir esse momento. (Foto: Acervo Pessoal)

O dançarino ficou bem empolgado quando recebeu a notícia sobre o que se tratava, por ser um fã da série, e buscou referência dos próprios personagens para trazer a elegância necessária. Ressalta ainda que a costeleta e a roupagem o ajudaram a entrar nesse universo mais chique de realeza e bailes. Apesar das expectativas para a apresentação, Vinícius, comenta o quão mágico foi o momento.

“O público era totalmente diferente do que estamos acostumados, todos paixonados pela Julia Quinn e pela história. Sentir a vibração da galera gritando, querendo tocar na gente, tirar fotos e com os olhos cheios de lágrimas, dançar com aquela energia, foi incrível”, conta.

O coreógrafo acrescenta o sucesso que foi o evento, que teve capacidade máxima. Por isso, abriram mais espaço para comportar mais fãs, mas o espaço de dança ficou reduzido e tiveram que se adaptar na hora.

“Deu tudo certo, foi perfeito. No final, não estava previsto a gente repetir, mas o público e a produção pediram para dançarmos mais uma música, e encerramos com chave de ouro. Todas as adaptações que fizemos foi para engrandecer o espetáculo”, acrescenta Léo.

O baile de máscaras, que foi uma das novidades dessa edição, foi um verdadeiro sucesso, recriando um dos universos literários mais famosos da atualidade e proporcionando uma noite especial para os amantes da saga, que puderam dividir o espaço com a “rainha” Julia Quinn. Por fim, a noite foi uma espécie de painel, com festa e sessão de fotos, para alguns sortudos.

Foto de capa: Acervo Pessoal

Reportagem de Nathalia Bittencourt, com edição de texto de João Agner

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