Cultura

Imortalizados

image001  Quem disse um dia que samba era só para pessoas pobres e faveladas estava muito enganado. O samba de raiz é cultura e faz parte da identidade de todo brasileiro. Ele é democrático, não vê distinção de raça, cor ou credo, muito menos de gerações. É o que se pode notar na roda “Gerações do Samba”, que acontece todo sábado no clube Boêmios da Tijuca.

Mas quem reconhece e gosta de um verdadeiro sambinha pode conferir músicas antigas como “As rosas não falam”, grande sucesso de Cartola, até “Desabafo” a nova canção de Marcelo D2, passando por Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, entre outros bambas, interpretados por vários sambistas e grupos.

            A mistura de gêneros não se limita somente às gerações ou às características dos freqüentadores da roda “Gerações do Samba”. Pode-se observar os instrumentos utilizados e as várias vertentes como, por exemplo, o partido alto. Desde que foi criado em 1920, o samba vem sofrendo várias influências. O cantor Dudu Nobre foi um dos que trouxeram de volta para o público mais jovem o samba de raiz.

            Aline Lopes, de 21 anos, publicitária, descreve que a volta do samba de raiz é muito importante para ter conhecimento de uma cultura que está inserida na identidade do povo brasileiro. “Os jovens de hoje não sabem sobre a história do samba que faz parte da história de cada um de nós”.

Já Fernando Veloso, de 18 anos, estudante, nunca havia ido ficou maravilhado com a energia que recebeu na roda “Gerações do Samba”. “Estou encantado com essa roda de samba, a ‘vibe’ é ótima, nunca imaginei que fosse assim.”

            Para um dos cantores que tocam todos os sábados no clube Boêmios, Bruno Fernandes, “É muito bom saber que pessoas como meu avô e meu pai, que eram sambistas, construíram essa história, fizeram um pouco dessa cultura. É claro que eu também estou ajudando a escrever mais um capítulo do samba”.

 
Ana Clara Missiba

           

 

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