Imagens, trilhas sonoras, roteiros originais. Juntos, relembram uma época quando o cinema agitava a vida cultural tijucana. No auge das salas, a praça Saens Peña, região nobre da Tijuca, reunia algumas opções de espaços para cada espectador. Hoje, os cinemas tijucanos se concentram apenas em um Shopping, dando um ar comercial para a sétima arte na Zona Norte.
– Você acaba indo a um lugar que tem tudo que se precisa, tudo mesmo. Menos um bom filme. Só passa blockbuster-, analisa a promotora de eventos Anna Martins, sugerindo um repertório consumista nas salas cinematográficas. A sugestão da promotora sobre o aspecto que movimenta a economia não é diferente com os filmes. Tal como os produtos vendidos na vitrine, as películas saem de cartaz em pouco tempo, diferente da violência, figurinha carimbada na vida do tijucano.
-Tinha como passear na Praça de mãos dadas, olhar vitrine, escolher o filme com calma, tomar um café no Palheta, namorar. Hoje ninguém mais dá bobeira por lá. Tem que ficar de olho – conta a enfermeira Ana Maria, de 52 anos, confirma o ar de insegurança que paira na Tijuca, um dos maiores vilões pelo fim dos cinemas de rua. No Shopping a segurança é constante e o conforto supera o forte calor da Saens Peña. Um ponto favorável no olhar de quem necessita de um breve descanso enquanto aguarda uma das sessões nas seis salas disponíveis do complexo que acaba de completar um ano.
O novo modelo trazido às salas de todo o Brasil apresenta tecnologias modernas como sistemas de som, imagens 3D, poltronas reclináveis, cadeiras numeradas, terminais digitalizados para compra de ingressos e outras vantagens que nem a Ana Maria e muito menos a Anna Martins pensaram em desfrutrar durante a juventude. Mas uma coisa é certa, não há tecnologia que traga de volta a magia do cinema à uma certa praça, que um dia já foi chamada de Cinelândia da Zona Norte.
– A saudade é grande, o Rio de Janeiro era um lugar mais bonito, mais agradável. Principalmente a Tijuca por tudo que oferecia, inclusive os cinemas. Eu passeava muito com o meu marido na Praça Saens Peña e ficávamos olhando os cartazes quando não podíamos assistir aos filmes. Era um barato – lembra a aposentada Célia Barros, de 81 anos.
Ainda é possível ver algumas dessas salas antigas, mas somente pela Internet. O acervo não é muito grande, mas alguns sites ainda disponibilizam as imagens de um passado não muito distante para os cinéfilos.
Alunos: Tatiana Carvalho, Jeferson Rodrigues e Ricardo Almada
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Obrigado pela citação ao Cinema é Magia. Há outras fotos de cinemas antigos clicando neste link dentro do site:
http://cinemagia.wordpress.com/?s=%5Bcinemas+antigos%5D
Grande abraço
Tommy
PS.: Conheçam também meus outros sites:
http://telemagia.wordpress.com
http://acasatorta.wordpress.com
http://somenteboasnoticias.wordpress.com