À medida que evoluem algumas técnicas de cirurgia plástica e outros tipos de intervenção facial, mais as mulheres se vêem atraídas pela possibilidade de ter um rosto mais harmônico e bonito. Muitas se sentem atraídas por imagens de mulheres consideradas “perfeitas” que são divulgadas pela mídia e querem alterar várias partes do rosto, boca ou olhos para simplesmente se parecer com uma celebridade da moda e assim alcançar a sua meta.
Tendo em vista a popularidade que a cirurgia plástica alcançou nos dias de hoje, a questão que se coloca é até que ponto se pode conseguir a perfeição através do bisturi. A Agência Uva ouviu Andréia Silveira, 45 anos, que afirma que raramente uma pessoa consegue atingí-la. “Resolvi recorrer ano passado à cirurgia plástica, mas não gostei do resultado, meu nariz ficou estranho. Preferia o anterior”, desabafa a técnica em enfermagem.
Há, aqui, um ensinamento que muita gente prefere não dar atenção: o rosto mais bonito do mundo inteiro não precisa ser perfeito. Como por exemplo, a beleza da atriz Grazielli Massafera, que é colocada com frequência no topo das mulheres mais lindas do mundo. Um perfeccionista poderá falar que a sua boca é muito grossa pelos padrões clássicos de beleza. Pode ser verdade; porém, isso não altera em nada a sua beleza, pois ela continua tendo um rosto harmônico. Caso ela recorresse à cirurgia plástica para afiná-la poderia perder parte da personalidade que possui e, em consequência, a sua identidade.
Segundo a estudante de medicina Patrícia Peña, o ídolo internacional Michael Jackson é um exemplo disto. “Não tenho dúvidas que ele deve ter escolhido com cuidado as várias cirurgias plásticas a que se submeteu, mas o conjunto resulta monstruoso”, afirma a estudante mostrando uma foto recente do cantor.
Esta máquina de embelezamento, digamos assim, pode ser muito útil em alguns casos, mas uma modificação sutil pode fazer uma enorme diferença e ,assim, o rosto e o corpo perderem um pouco da personalidade. Quando se trata de cirurgia estética, os médicos sabem muito bem que o paciente pode estar atrás de um formato idealizado que apenas está de acordo com o visual do momento e que pouco tem a ver com os itens que melhor determinam a harmonia do corpo.
A aposentada Nádia Amélia, de 55 anos, afirma que não se submeteria à este tipo de cirurgia. “Quero que os sinais do tempo fiquem para sempre em mim, cada marca mostra a história de cada um e se fizesse cirurgia, estaria apagando o meu passado. Prefiro recorrer aos cremes”, afirma a aposentada.
Vale lembrar que tudo em excesso faz mal. Apesar da cirurgia plástica ser uma grande arma para corrigir imperfeições, deve ser sempre usada com moderação.
Fernanda Moreira – 5º período – Jornalismo Digital
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