Em meio às novas tecnologias, às mudanças e à globalização que enfrentamos atualmente, descansar significa ficar para trás, perder espaço e oportunidades na sociedade. Diariamente, milhares de pessoas acordam cedo e dormem tarde fazendo do dia um imenso agito.
“Acordo 5h45, me arrumo, saio de casa 6h20, pego o ônibus na rodoviária Campo Grande às 6h40 e desço no Leblon, onde faço estágio, às 9h. Largo às 14h e vou para a faculdade na Tijuca. Saio da faculdade 22h, pego metrô e ônibus e chego em casa 00h10, para dormir e acordar 5h45 do mesmo dia”. Essa é a rotina da estudante de Jornalismo Manu Barbosa, 23, que vive de uma forma não muito diferente dos jovens que estudam, trabalham e ainda pensam em se divertir.
A correria faz parte da rotina da maioria dos seres humanos, que chegam em casa, no fim do dia, com a impressão de que têm sobrevivido ao invés de vivido, o que é visível em qualquer parte do mundo, como nos grandes centros urbanos, no trânsito, nas saídas de metrô e até em shoppings, que inicialmente eram lugares de descanso e lazer.
Um estudo da Universidade Kyushu, do Japão, revelou que pessoas que trabalham 60 horas por semana têm mais chances de terem ataque cardíaco do que quem trabalha 40 horas. Outras doenças também podem ser geradas pelo excesso de atividades como insônia, incômodos digestivos, quedas de cabelo e depressão, além de afetar o psicológico, como o estresse, que a cada dia se torna mais presente na vida de profissionais. “Ah, sou muito estressada. Fico irritada só de ter que repetir alguma coisa mais de uma vez”, conta Manu.
Ter boa alimentação, dormir no mínimo oito horas por dia e praticar exercícios físicos são excelentes modos para controlar ou equilibrar o corre-corre construído pelos próprios humanos. Esse mal do século XXI, como é chamado por muitos estudiosos na área de comportamento, pode ser combatido se o “apressado” estiver disposto a mudar de hábitos. “Parar? Não posso. Ano que vem começo meu curso de idiomas e minha faculdade de Cinema, que vou fazer junto com essa”, finaliza Manu Barbosa.
Carine Pennaforte • 3° período • Jornalismo Digital
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