Comportamento

Vou à boate para pegar

Lúcia e Mauro são casados há vinte anos e sempre que dá saem juntos com os amigos para curtir. Numa noite resolvem ir a uma “night”. No momento que entram no estabelecimento, Mauro nota que um homem aperta parte íntima de sua esposa e outro a puxa pelo braço. Não gostando da situação discute com Lúcia e os rapazes. Naquele momento a noite tinha terminado para o casal, que volta para casa. “Não existe mais o respeito, simplesmente avançam como animais”, diz indignada.

A ligação de sentimentos entre os parceiros foi sendo deixado de lado, não existe mais as trocas de olhares, o friozinho na barriga de uma paquera. Nas boates, as músicas românticas foram substituídas por outros estilos, o momento de chamar a menina para dançar não existe mais. Não é mais possível dançar sem ser incomodada. Os homens não sabem mais paquerar. Nívia Almeida, 24 anos confessa que deixa de ir a uma boate heterossexual para ir a uma boate gay. “O nível de beleza e educação da bicharada é muito superior ao dos outros homens. A situação é tão difícil nas balada HT, os caras bebem muito e ficam inconvenientes, te puxam pelo braço, pelo cabelo, te batem na cara!”.

Vinícius dos Santos, 27 anos, fala que um homem não vai a balada para se divertir, quem quer se divertir fica em casa jogando vídeo-game ou joga futebol com os amigos. “Quem vai a balada é para ver gente bonita e, se rolar, ficar com uma delas. E acho que com as mulheres acontece a mesma coisa. Para que ir de mini saia, toda bonitona se diz que vai para dançar”. Filipe Araujo, 26 anos, concorda com o amigo Vinicius. “Elas estão lá pelo mesmo motivo, conhecer alguém. E quando você pergunta se pode conhecer já mostra que você não tem moral com nada. Dizer seu nome logo de cara é intimidade de mais”.

A psicóloga Gabriela Fernandes comenta que os jovens querem se relacionar, mas sem a intimidade, sem forçar compromisso. Por isso que muitos beijam sem saber o nome do outro ou manter contato trocando telefone. Hoje as pessoas não querem se expor para aqueles que não conhecem, preservamos muito o espaço pessoal. E tais atitudes contribuem para diminuir o romantismo dos homens em relação às mulheres na hora da paquera.

 

Danielle Feijóo – 6ª período – Jornalismo Digital

 

 

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