Um dos colégios mais antigos e tradicionais do Rio de Janeiro, o Instituto de Educação, com 129 anos, pertencente à FAETEC – Fundação de Apoio à Escola Técnica -, é preservado pelo governo com excelência e dignidade como patrimônio histórico e cultural. A instituição em referência possui um setor denominado Centro Histórico Institucional, onde são guardados objetos relacionados ao antigo Instituto de Educação.
Nos corredores da entrada principal, da diretoria e das salas de aulas, existem manequins com os modelos dos uniformes masculinos e femininos, além de exposições de cartazes que narram em breves histórias e fotografias os mais diversos eventos construtores da educação dos alunos que passaram pelo Instituto.
Embora o ensino venha sofrendo transformações, o colégio manteve as antigas tradições na sua metodologia. Os alunos possuem aulas de música e línguas estrangeiras, além de diversas práticas esportivas. Tamara Ramos, 16 anos, aluna do 2º ano do ensino médio, está satisfeita com a educação oferecida. “É tão excelente que sinto até um pouco de dificuldade em acompanhar os padrões exigidos pela escola”, diz, com largo sorriso.
A vice-diretora do Instituto de Educação, Maria da Glória, ressalta que o objetivo da FAETEC é sempre melhorar o ensino sem desfazer-se de suas tradições. O Instituto mantém para a manutenção de sua educação, dos valores e hábitos, características de sua época. Foi fundado em 1880, com o intuito de formar professoras para a então capital da federação, Rio de Janeiro. Até os dias atuais o ensino é de alta qualidade.
O antigo uniforme de camisa social comprida, cinto, saia plissada, meias três quartos e sapatilhas, ainda são utilizadas pelo colégio em festas de grande gala e cerimoniais à bandeira. Possui também um uniforme padronizado, diferenciado das outras FAETECs, com as mesmas características do antigo, mas um pouco modificado a fim de acompanhar a modernidade dos jovens alunos. As mangas da blusa encurtaram e o uso da saia plissada é opcional, podendo alternar com o uso de calça jeans ou calça azul marinho.
Ramona Gonçalves, de 14 anos, que está no 2° ano do ensino médio, diz gostar muito do uniforme – “acho fofo” – e não vê problemas nas questões tradicionais da escola. Sente-se orgulhosa em envergar o uniforme e participar das cerimônias cívicas.
Outro fato interessante é a participação que o governo tem em relação com o edifício. Para conservá-lo nas condições originais, a pintura e a cor das tintas são testadas cuidadosamente para o que colégio permaneça nas suas características tradicionais.
Todo o zelo aplicado na manutenção da Instituição em todos os seus aspectos contribui para o aprimoramento do ensino sem se esquecer da preservação de um patrimônio histórico do Brasil.
Danielle Feijóo – 6º período – Jornalismo Digital
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