
Felipe Mouta e Camila Campos se conhecem desde os 11 anos. Ele gosta dela desde os 14. Ela chegou a esnobá-lo um pouquinho mas quando fizeram 17 anos começaram a namorar. Namorar? Bem os dois dizem que namoraram sete meses como o convencional, mas, a partir daí, como tinham o desejo de casar virgem (isso mesmo, os dois!) preferiram pegar leve nos carinhos e se abstiveram até mesmo do beijo na boca no tempo que se seguiu. Foram três anos e cinco meses se olhando, se desejando e se guardando. Após quase cinco anos de relacionamento, aos 22 anos, eles se casaram, virgens, como tanto queriam.
O mais incrível é que eles não são uma aberração ou os únicos na face da terra. Felipe e Camila descobriram este novo jeito de se relacionar com uma amiga do casal, Débora Araújo, que mesmo sendo mais velha que Camila, ao se relacionar pela primeira vez com alguém, decidiu se manter virgem até o casamento e escolheu por não ter carinhos que pudessem a levar a “cair em tentação”. Débora tem 27 anos e pretende cumprir seu propósito de se manter pura até o casamento. Para isso ela está disposta a não beijar a pessoa com quem terá um compromisso para casar. São valores estranhos a muitos, mas que estão sendo difundidos em todo o mundo.
O site de notícias G1 publicou uma reportagem contando a história de um casal em Chicago que se beijou pela primeira vez no dia do casamento. Diziam que se viessem a se beijar, não iriam conseguir manter o voto que fizeram um ao outro e a Deus também. Para os adeptos do “compromisso”, ou de fazer a corte como nos tempos antigos, valorizar seus princípio – que na maioria das vezes estão ligados à religião – vem antes do prazer puramente carnal. O que importa não é a idade, mas a convicção.
Sempre que se ouve falar de pessoas que se casam virgens há por trás deste desejo uma motivação religiosa, como é o caso dos do casal anterior. Mas, há também aqueles que preservam valores simplesmente morais e não são tão radicais quanto aos carinhos mais que ainda assim fazem questão de só se conhecerem, no sentido bíblico da coisa, após a noite de núpcias.
É o caso de Kelly Gomes e Marcos Tavares. Eles não são religiosos, ela nem mesmo acredita em Deus, mas fez questão de se casar virgem. Diz que nunca gostou da maneira como via as pessoas se entregando a outras sem as conhecerem, sem saber o que aconteceria na manhã seguinte e quis ter uma história diferente. Eles namoraram por um ano e meio e juram que antes de se casarem não rolou nada além de beijo e abraço.
Kelly diz que tem muitas amigas que também se casaram virgens sem motivações religiosas. Relata que elas acreditam que o sexo é para alguém especial com quem se quer compartilhar a vida, não apenas momentos de intimidade “então por que não se casar?”. Marcos acredita que o casamento é um passo rumo a maturidade, à vida adulta, é por isso que muitos jovens se recusam a comprometer-se de tal modo e preferem uma vida de curtição e badalação. Mas que já se vê esse quadro mudando.
De fato nos últimos quatro anos o número de casamentos cresceu 12%, segundo o Núcleo de Inteligência Jurídica. Este número não é de espantar já que até as celebridades estão casando mais. Só no mês de setembro foram três casamentos de musas no Brasil. E a lista do ano, se for colocar no papel, vira um rolo destes que os fãs deram para eles.
Emanuelle Bezerra . 6º período . Jornalismo Digital
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