O coronavírus já deixou mais de dois mil mortos pelo mundo e vem impactando drasticamente nas grandes economias mundiais. O surto, que teve início na China, já se alastrou por diversos países.
A China tem o maior mercado de games do mundo. Segundo apurações do Instituto de Pesquisas NewZoo, a China faturou, em média, cerca de US$ 36,5 bilhões, só no ano de 2019. Tendo em vista o grande mercado chinês de games, não surpreende que ele tenha um impacto visível diante do surto de coronavírus.
A maior baixa no mercado de games foi o anúncio do cancelamento da E3 (Electronic Entertainment Expo): uma feira internacional de games e esportes eletrônicos. A E3 ocorre uma vez por ano em Los Angeles e é considerada a feira mais importante do mundo, por reunir lançamentos de grandes empresas, como Disney, Microsoft, Ubisoft, Nintendo, Google, Sony e entre outros.
Segundo o CEO da empresa Mais Esports, Eric Teixeira, o mercado em si já está sofrendo com a pandemia. Muitos planejamentos mudaram, campeonatos foram adiados e entregas de patrocínio também sofreram alteração na data, por exemplo.
No Brasil, o Governo recomendou que, além de evitar qualquer tipo de aglomeração, as pessoas também evitem escolas, cinemas e teatros. Essa medida também afeta os esportes eletrônicos. Um exemplo disso é, o CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends), que recentemente anunciou que vai seguir as ordens do Ministério da Saúde e paralisar o campeonato.
Na China, a Liga Chinesa de Lol havia sido paralisada. Entretanto, foi decidido que o campeonato voltaria no dia 9 de março e seria disputado online. A Riot Games, empresa que possui os direitos do jogo, relatou que a medida é para preservar a saúde e segurança dos jogadores, funcionários e torcida.
Os campeonatos chineses foram os mais afetados até o momento. Além da Liga Chinesa de Lol, a Liga chinesa de Overwatch também foi cancelada. Ela aconteceria entre os meses de fevereiro e março e, por enquanto, não há estimativa para o retorno do campeonato.
O Governo chinês proibiu o jogo Plague Inc. por conta do novo vírus que se originou no país. O motivo alegado pelo governo é que o jogo tinha “conteúdo ilegal”, já que o game simula a propagação de um vírus com o objetivo de destruir a humanidade. Apaixonado por games, Gustavo Ramalho Villela comenta o jogo: “O objetivo do jogo é erradicar a humanidade, lutando contra medidas de saúde e cura, pois elas ajudariam a conhecer o vírus e ajudariam as pessoas na prevenção da doença”.
Leia o trecho de descrição do jogo no Google Play:
“Seu agente patogênico acabou de contaminar o ‘Paciente zero’. Agora você deve acabar com a história da humanidade evoluindo para uma mortal Praga global, enquanto se adapta a tudo que a humanidade pode fazer para se defender.”
É preciso se adaptar. Algumas empresas de games já estão alterando o formato dos campeonatos, para que se adequem às demandas do contexto atual. Estima-se que o mercado de games ainda sinta os impactos pelas próximas semanas.
Raphael Pimentel – 6º período
Incrível matéria. Escrita leve e prazerosa de ler.
Feliz em ajudar. Adorei a matéria. Ajuda a esclarecer como tudo ao nosso redor está sendo afetado. #FicaEmCasa