Itens da coleção do Egito são datados desde 800 até 1500 antes de Cristo; pesquisadores e arqueólogos estão envolvidos nas buscas
Pesquisadores seguem trabalhando para recuperar artefatos do Museu Nacional que se perderam após o incêndio de grandes proporções, ocorrido em setembro do ano passado. Vinte e sete peças do acervo egípcio foram encontradas nesta terça-feira (7), algumas delas estando junto ao sarcófago de Sha-amun-em-su, sacerdotisa egípcia que viveu na cidade de Tebas no século VIII antes de Cristo.
Os pesquisadores também encontraram estatuetas, algumas do Egito, feitas em calcário por volta de 1450 a 1500 a.C. Ao todo, mais de 2.700 peças do acervo foram recuperadas após o incêndio, sendo 200 da coleção egípcia. A maior parte destas estava localizada no primeiro andar do prédio.

Segundo a professora Dennise Ramos, a recuperação destes itens, apesar dos danos e as inúmeras perdas irreparáveis, representam uma “segunda chance” para que as pessoas entendam o real valor histórico, não só deste acervo, como de todos os museus.
“Eu costumo dizer que um Museu é um lugar que conta histórias. Da mesma forma que você tem registros da história em livros e fotos e filmes, você também tem uma parte dela contada pelos museus. E se você não valoriza, negligencia esses espaços; olha como tem vários museus fechando as portas, museus caindo aos pedaços, é a história sendo apagada”, apontou Denise.
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Peças recuperadas
Shabits – estatuetas com tamanho entre 10 e 60 centímetros, eram colocadas em tumbas para fins religiosas;
‘Dama do cone’ – estatueta de calcário, retrata uma mulher da elite trajando um vestido de linho. Um cone de incenso que ficava em sua cabeça foi destruído pelo incêndio;
Estelas – são placas de pedra ou madeira com inscrições e imagens. Eram colocadas ao lado das tumbas;
Votivas – estatuetas que representam divindades egípcias. Algumas destas foram encontradas intactas.
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